A preocupação com a saúde e bem-estar dos funcionários se tornou um dos principais pilares das empresas, que buscam investir em programas para evitar o adoecimento emocional dos trabalhadores. Essas inciativas visam a saúde dos funcionários e diminuir o afastamento do trabalho por problemas de saúde mental.
De acordo com um levantamento recente da Closecare, o número de afastamentos do trabalho motivados por problemas de saúde mental cresceu 30% de janeiro de 2020 a abril de 2022.
A análise foi feita com cerca de 480 mil atestados cadastrados na plataforma e considerou quadros específicos, como episódios depressivos, ansiedade e estresse.
Os gastos envolvendo esses transtornos são altos para as empresas, pois, cada atestado médico custa em média R$ 1,293.
E a expectativa é que os custos com afastamentos de colaboradores envolvendo saúde mental cheguem a 5 bilhões de reais até o final de 2022.
Programas para diminuir afastamentos do trabalho
Esses dados evidenciam a gravidade do problema que tem se tornado um desafio para as organizações.
E, ao mesmo tempo, motivado a ampliação de investimentos em programas de saúde, bem-estar e capacitação dos colaboradores para lidar melhor com a saúde emocional.
Apoio psicológico, especialistas em atividade física e a prática da meditação são algumas das iniciativas que as empresas têm aderido com o objetivo de cuidar da saúde mental dos profissionais.
“Atividades como essas são ferramentas importantes para a prevenção do adoecimento emocional, e também atuam como coadjuvantes nos tratamentos psicológicos. Uma vez que, vários estudos científicos já comprovam a diminuição de sintomas como o estresse, depressão e ansiedade”, explica Sueli Klemenchuk, psicóloga da MINDSELF – companhia especializada em programas de meditação no ambiente corporativo.
A criação desses programas é extremamente importante, pois, o Brasil tem cerca de 11,5 milhões de pessoas que sofrem com a depressão.
Além disso, é o país mais ansioso do mundo, segundo dados da OMS.
“Os problemas com a saúde mental são uma questão grave que precisa do apoio de toda a sociedade, por isso as organizações estão começando a voltar os seus olhares para essas questões”, sinaliza Alexandre Ayres, sócio-fundador da MINDSELF. Somente no último ano, as buscas pelos serviços da empresa cresceram mais de 200%.
Esse é um assunto tão sensível que recentemente a Organização Mundial da Saúde classificou a Síndrome de Burnout como uma doença ocupacional.
Ou seja, diretamente relacionada às atividades desenvolvidas pelo colaborador e às condições às quais ele é submetido.
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