VirtusPay dá calote em pessoas que emprestaram o limite do cartão de crédito

Grande parte dos consumidores que cediam o seu limite de cartão de crédito para a fintech VirtusPay, sofreram um calote oficial da plataforma. Na última quinta, 14, a VirtusPay disse que não iria efetuar o pagamento das faturas que estavam programadas para a sexta, 15. Entenda.

Este foi exatamente o caso da engenheira de software Pollyana Oliveira. Ela que é cliente da plataforma desde o ano passado, “emprestou”, de início, um valor de R$3 mil. Como ela foi paga e recebeu as milhas prometidas, seu marido também começou efetuar os empréstimos, e está passando pela mesma situação.

Ele tem neste momento R$65 mil em limites de crédito cedidos em cartões do Banco do Brasil, C6 e Itaú. “Estamos todos surtados no grupo (feito no aplicativo de mensagens  Telegram, que contém mais de 900 pessoas)”. “Parece que estamos todos sozinhos e desesperados atrás de uma saída”, disse Pollyana ao Suno.

A primeira solução é a mais comum, a judicial. Existem pessoas neste grupo de mensagens que já obtiveram liminares para que a VirtusPay efetue o pagamento. Pollyana contratou este mesmo advogado, que vem trabalhando e recebendo “valores simbólicos”. 

No entanto, ela está correndo para tentar bloquear os cartões de crédito, solicitar estorno para os bancos e repercutir este assunto na internet. “O Itaú e o BB concederam crédito de confiança (uma espécie de pré-estorno que depende de confirmação posterior junto às bandeiras de cartão), mas é impossível falar no C6″, explicou Pollyana ao Suno.

Calote? Sócio da VirtusPay diz que não

Pollyana que atua como uma das administradoras do grupo de clientes da finetch, disse que conseguiu contatar um dos sócios da empresa pelo telefone na última sexta, 15. O contato dele foi passado pelo próprio quando os problemas estouraram.

“Ele disse que não era um golpe e sugeri que pelo menos eles se comunicassem melhor: pode não ter sido golpe no início, mas agora é”, disse ela. “Se eles aparecessem numa live, pelo menos acalmaria o pessoal.”

Ela disse que consegue pagar as faturas que vencem este mês, no entanto que deseja o cancelamento das próximas 10 parcelas. Pollyana e o marido vendiam uma parte das milhas recebidas em sites como MaxMilhas e HotMilhas ou faziam a troca por  produtos e viagens. 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.