AUXÍLIO BRASIL de R$ 600 tem uma REDUÇÃO de R$ 125 em seu RENDIMENTO

O Auxílio Brasil de R$ 600 foi criado com o intuito de aumentar a popularidade de Jair Bolsonaro (PL). Quando o auxílio emergencial neste mesmo valor foi pago, o presidente era bem avaliado pela população. Acontece que ao comparar os pagamentos, o programa atual tem defasagem de pelo menos R$ 125.

AUXÍLIO BRASIL de R$ 600 tem uma REDUÇÃO de R$ 125 em seu RENDIMENTO
AUXÍLIO BRASIL de R$ 600 tem uma REDUÇÃO de R$ 125 em seu RENDIMENTO (Imagem: FDR)

O auxílio emergencial foi pago entre os meses de abril e agosto de 2020. Na época, o índice de aprovação de Bolsonaro ultrapassava 50%. A ideia é ter os mesmos impactos nas eleições de 2022 com o Auxílio Brasil de R$ 600 que será depositado até dezembro deste ano.

No entanto, a inflação diminuiu o poder de compra dos brasileiros, e os R$ 600 de dois anos atrás já não tem o mesmo impacto agora. De abril de 2020 até junho de 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 20,7%. Este é o índice que mede a inflação do país.

Foi o planejador financeiro Bruno Mori, da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), quem descreveu todas as comparações entre os auxílios ao portal UOL.

Auxílio Brasil de R$ 600 e as despesas dos brasileiros

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a junho deste ano, a inflação teve alta de 5,49%. Enquanto nos últimos 12 meses, o aumento foi de 11,89%.

Ou seja, os preços dos produtos têm subido, enquanto o salário mínimo não é alterado, e o valor de pagamento dos auxílios fica estagnado. Com o valor de R$ 600 não é possível se quer comprar uma cesta básica em diversas capitais do país.

Por exemplo, os produtos que compõem a cesta básica custam em São Paulo R$ 777,93, em Florianópolis  chegam a R$ 772,07, Porto Alegre R$ 768,76 e no Rio de Janeiro R$ 723,55.

Enquanto o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 começa em agosto e vai até dezembro, a alta dos preços dos alimentos não tem previsão para sanar. Ao portal IG, o economista e professor da Faculdade Hélio Alonso (Facha), Ricardo Macedo, não enxerga efeitos sólidos com o adicional de R$ 200 no programa.

Em termos reais, já que não acompanha a inflação, o objetivo do Auxílio Brasil não vai ser cumprido. O Brasil tem uma inflação que tem subido constantemente, e que agora está sendo desacelerada de forma artificial, e isso vai comprometer resultados futuros“, avalia o economista.

Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]