Com a aprovação da PEC que prevê novos benefícios e a ampliação de alguns já vigentes, beneficiários do Auxílio Brasil solicitam o aumento permanente das mensalidades. A Proposta de Emenda Constitucional estabelece que o aumento de R$ 200 nas parcelas do programa, que passa de R$ 400 para R$ 600, seja feito somente até dezembro.
As famílias contempladas pelo Auxílio Brasil apesar de parecerem reconhecer a importância do aumento, julgam a medida provisória como incapaz de surtir grande efeito na vida da população que enfrenta a pobreza e a extrema pobreza.
A PEC recentemente aprovada possui previsão para entrar em vigor a partir de agosto, desse modo a garantia é de que sejam feitos cinco pagamentos do novo Auxílio Brasil.
Novo Auxílio Brasil deve ser pago entre os meses de agosto e dezembro
A chamada PEC Eleitoral, aprovada em ano de eleições, deve colocar em vigor novos benefícios como o voucher caminhoneiro e o auxílio taxistas, além de permitir o aumento de auxílios já concedidos como o Auxílio Brasil e o Vale-Gás.
A Proposta de Emenda Constitucional coloca o país em estado de emergência, sendo a maneira que o Governo Bolsonaro encontrou de driblar a lei eleitoral que proíbe a criação de benefícios do zero em ano de eleição.
A poucos meses da votação que deve decidir o próximo chefe do Executivo, as medidas buscam reverter o cenário desfavorável que veio se desenhando para o atual presidente e pré-candidato pelo PL, Jair Bolsonaro.
O caráter provisório e estratégico causa descontentamento e preocupação aos beneficiários do Auxílio Brasil que solicitam o aumento permanente. Em meio aos recentes aumentos nos preços dos produtos causados pela inflação, o valor do benefício, mesmo com o adicional, não deve suprir as compras básicas de uma família.
Auxílio Brasil de R$ 600 não deve ter o impacto esperado sobre a população mais pobre
Em matéria realizada pela Folha de São Paulo, a assistente social e diretora da Rede Brasileira de Renda Básica, Paola Carvalho, explicou que as medidas possuem relação direta com o calendário eleitoral. “Nós alertamos desde março de 2020 que vivíamos uma situação de emergência”.
“São cinco meses de R$ 600 sabendo que a fila de espera do Auxílio Brasil é gigantesca e que, efetivamente, nós não estamos atendendo todas as famílias, nem mesmo pelo tempo necessário para que as pessoas possam se reorganizar”, afirma.
A assistente completou afirmando que mesmo com o aumento do auxílio, as contas básicas que suprem as necessidades de uma família não devem ser seguradas pelo benefício.