Auxílio Brasil de R$ 600 só será suficiente para comprar cesta básica nessas três capitais

O Auxílio Brasil passará por mais um aumento, fazendo com que as parcelas fiquem por R$ 600. Porém, de acordo com a pesquisa do Dieese, a quantia só é capaz de arcar com a compra da cesta básica de três capitais.

Auxílio Brasil de R$ 600 só será suficiente para comprar cesta básica nessas três capitais
Auxílio Brasil de R$ 600 só será suficiente para comprar cesta básica nessas três capitais
(Imagem: FDR)

O Auxílio Brasil foi o programa assistencial criado em novembro do ano passado, com o intuito de substituir o Bolsa Família. Além da mudança no nome, também trouxe outras mudanças, como ampliação no número de beneficiários e o valor.

Atualmente, mais de 18 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social recebem ajuda financeira. A média de pagamento do programa é de R$ 400, porém, essa quantia deve ser ampliada a partir de agosto. 

Assim, parcelas de R$ 600 serão pagas até o fim do ano. O governo também planeja ampliar a quantidade de pessoas beneficiadas. A ideia é zerar a fila e espera do programa que chega a quase 3 milhões.

AUXÍLIO BRASIL DE R$ 600: TUDO SOBRE O NOVO VALOR, REGRAS E QUANDO SERÁ PAGO

Auxílio Brasil é suficiente para comprar a cesta básica

Todos os meses, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) realiza a pesquisa de preço da cesta básica no Brasil. Assim, 17 capitais são analisadas e têm os dados divulgados.

Na última pesquisa divulgada, correspondente ao mês de junho, o preço médio dos itens que compõem a cesta básica é de R$ 663,46. Sendo assim, as parcelas de R$ 600 não são suficientes para comprar a cesta básica na maioria das cidades brasileiras. 

De acordo com os dados do Dieese, o valor da cesta varia de R$ 611,79 a R$ 777,01. Com R$ 600 é possível comprar uma cesta básica apenas em Aracaju, Salvador e João Pessoa. Confira, abaixo, os preços nas 17 cidades:

Considerando a média de R$ 663,46, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 121 horas e 26 minutos. Considerando o salário mínimo líquido, o trabalhador comprometeu em média 59,68% do rendimento. Ambos os valores foram superiores ao do mês de maio deste ano.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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