Com o recente aumento da procura dos brasileiros pelo ingresso em programas sociais do governo federal, o número de cidadãos que aguardam a entrada nos benefícios passou a chamar atenção. Mais de 100 mil pessoas aguardam nas filas de espera do Auxílio Brasil somente no Rio de Janeiro.
A estimativa é de que no total, 109 mil cidadãos aguardam na fila de espera a entrada no benefício na cidade do Rio. Os dados são da Secretaria Municipal de Assistência Social que afirma que somente no último mês de junho, o número aumentou em 40 mil pessoas. Em maio, a fila contava com 67 mil cariocas.
Aumento da fila de espera do Auxílio Brasil
Atualmente o programa social do governo oferece parcelas mensais no valor mínimo de R$ 400 aos seus beneficiários. Diante dos recentes impactos gerados pelo aumento da inflação no país, e o anúncio da possível ampliação do programa previsto na PEC dos combustíveis, que eleva o pagamento para R$ 600, a procura pelo Auxílio Brasil passou a crescer e com isso a fila de espera também.
As famílias em situação de pobreza e extrema pobreza que procuram o atendimento do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para realizar a inscrição no Cadastro Único e atenderem aos requisitos do Auxílio Brasil entram na fila de espera do benefício. Diante da grande demanda pela entrada na folha de pagamento, algumas famílias têm esperado por meses até passarem a receber o auxílio.
Fila de espera do Auxílio Brasil se aproxima dos 3 milhões
Segundo levantamento realizado em junho pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), as informações são de que a fila de espera para acesso ao Auxílio Brasil, naquele momento, era de 2,78 milhões de famílias em todo o país.
Apesar da recente afirmativa do governo federal garantir que a fila de espera do benefício seria zerada, os estudos da CNM provam o contrário. A entidade aponta que o orçamento destinado ao Auxílio Brasil para o ano de 2022, mesmo com o novo teto de gastos, não é capaz de atender a todas as famílias que aguardam entrada no benefício. Os números do governo diferem do mapeamento da CNM. Em junho, o senador Fernando Bezerra afirmou que a fila de espera era de 1,6 milhão de famílias e seria zerada.