O empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi confirmado na última semana. Em meio à empolgação quanto a nova oportunidade financeira, os beneficiários não se atentaram às taxas de juros.
Apesar de o empréstimo consignado do Auxílio Brasil ser uma modalidade mais barata, o texto do projeto ainda não prevê um teto para a taxa de juros a ser praticada. De acordo com o Banco Central, o consignado para pessoa física mais caro da atualidade é de 5,7% ao mês.
Especialistas não estão de acordo com as incertezas e possibilidade de uma cobrança fora da realidade deste público. O alerta é para que as pessoas com orçamento apertado façam todos os cálculos devidos antes de aceitar as propostas feitas pelo banco para evitar problemas financeiros no futuro.
O texto regulamenta a concessão de um empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, permitindo que esse público também tenha acesso ao crédito ampliado de 35% para 40%.
A iniciativa é uma novidade e tanto, tendo em vista que até então, beneficiários de programas sociais e cidadãos que dependam de todo o tipo de transferência de renda não tinham acesso a este tipo de empréstimo.
Hoje, cerca de 18,5 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social recebem o Auxílio Brasil e, é justamente este público que também passará a ter acesso à linha de empréstimo consignado. A previsão de investimento em empréstimo consignado para este público é de R$ 77 bilhões.
Origem do consignado do Auxílio Brasil
Originalmente, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi incluído através da Medida Provisória (MP) que criou o programa de transferência de renda substituto do Bolsa Família. Contudo, o trecho que dispunha sobre este benefício foi retirado durante a análise feita na Câmara dos Deputados.
Há quem diga que a concessão de uma espécie de linha de empréstimo direcionada a este público pode ser responsável pelo endividamento das famílias de baixa renda, opinião que tem causado polêmica. Porém, em nota à imprensa o Governo Federal informou que o percentual do consignado não pode ultrapassar os 40%.
Deste total, 5% podem ser usados para amortizar as despesas obtidas por meio do cartão de crédito ou cartão de benefícios – de consignado – ou com o propósito de saque através do cartão de crédito. Desta forma, o beneficiário do programa terá mais opções de escolha.
Além disso, também é uma oportunidade de adquirirem capital para investir no próprio negócio e, gradativamente, deixarem de ser um dependente de transferências de renda como o Auxílio Brasil.