Conta de luz de SP fica 12,04% mais cara a partir desta segunda-feira

As despesas com energia elétrica ficarão mais pesadas no bolso do consumidor paulista. A partir desta segunda-feira (4) a Enel São Paulo aplicará um reajuste na conta de luz de todo o Estado. 

Conta de luz de SP fica 12,04% mais cara a partir desta segunda-feira
Conta de luz de SP fica 12,04% mais cara a partir desta segunda-feira. (Imagem: Montagem/FDR)

O aumento na conta de luz será em média de 12,04%, entretanto, o percentual foi distribuído entre dois grupos. O primeiro, composto pelos consumidores de alta tensão terão que lidar com um reajuste médio de 18,03%. O segundo, de baixa tensão, deverá se atentar à nova taxa de 10,15%

É importante explicar que este reajuste na conta de luz é anual, praticado conforme determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entretanto, é necessário que esta alteração seja regida em contrato junto à respectiva concessionária de energia, o qual já foi aprovado na última terça-feira (28).

Vale pontuar que a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) na tentativa de impedir o aumento na conta de luz.

Isso porque, em 21 de junho, a Aneel já havia anunciado um reajuste de até 63,7% nos valores das bandeiras tarifárias. Em outras palavras, preparando o consumidor para uma cobrança extra na tarifa de energia elétrica no período de julho de 2022 a junho de 2023

Entenda os grupos de tensão classificados na conta de luz

O consumidor de alta tensão, do grupo A como são tecnicamente chamados, são aqueles atendidos por uma tensão elétrica igual ou superior a 230 kV. É o caso de grandes indústrias que requerem uma quantidade extrema de fornecimento de energia elétrica para suprir os equipamentos.

Já o consumidor de baixa tensão, pertencente ao grupo B, é caracterizado por unidades cujo atendimento é inferior a 2,3 kV, já considerando a tarifa monômia, que se aplica ao consumo. Este grupo é dividido em quatro outros subgrupos, são eles:

  • O consumidor do tipo B1 – o residencial;
  • O consumidor do tipo B2 – o rural;
  • O consumidor do tipo B3 – os estabelecimentos comerciais ou industriais de pequeno porte;
  • O consumidor do tipo B4 – a iluminação pública.

Sistema de bandeiras tarifárias

Em meados de agosto de 2021 o Governo Federal criou a bandeira de escassez hídrica. Ela foi necessária em virtude do período de seca proveniente da falta de chuvas que deixou os tanques das usinas em um nível extremamente baixo.

Logo, passou-se a cobrar a tarifa de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos na conta de luz. Em 16 de abril de 2022, esta bandeira concluiu o período de validade, retomando a vigência da bandeira verde que não faz nenhuma cobrança na tarifa mensal. 

Desde então, o consumidor teve um alívio nesta despesa, desde que o consumo fosse consciente. Nenhum anúncio sobre a incidência de uma nova bandeira tarifária foi feito até o momento, apenas o ajuste anual na tarifa geral. De toda forma, o consumidor pode se preparar, pois de um modo ou de outro, este custo será elevado.

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.