Esta é a visão dos candidatos à presidência sobre levar educação financeira nas escolas

Pontos-chave
  • O tema sobre educação financeira nas escolas ganhou destaque recentemente;
  • Os candidatos, que se posicionaram, são a favor de aplicar o tema nas escolas;
  • Alguns pontos diferenciam a visão entre os presidenciáveis.

Recentemente, a discussão sobre educação financeira nas escolas privadas e públicas passou a ser abordada. Conheça a visão dos candidatos à presidência sobre levar educação financeira nas escolas, segundo apurado pelo E-Investidor, do Estadão.

Esta é a visão dos candidatos à presidência sobre levar educação financeira nas escolas
Esta é a visão dos candidatos à presidência sobre levar educação financeira nas escolas (Imagem: Montagem/FDR)

No início do mês passado, o tema sobre educação financeira nas escolas passou a ganhar destaque após a aprovação do Projeto de Lei 231/2015 no Rio Grande do Sul. Esse texto prevê que seja inserida a educação financeira nas propostas pedagógicas de escolas privadas e públicas do estado.

Nessa votação, a deputada Luciana Genro (PSOL) criticou essa iniciativa. Ela chamou o texto como “ridículo”. Segundo ela, “o problema das finanças das famílias cujos filhos estudam em escola pública não é de educação financeira, é de falta de dinheiro”.

Também ao justificar o posicionamento, a deputada alegou que os professores ficariam em uma situação constrangedora ao ensinar educação financeira para crianças que vivem em famílias pobres. Por conta dessas declarações, ela foi criticada nas redes sociais.

Uma das respostas contrárias à parlamentar foi da orientadora financeira Nath Finanças. Segundo ela, “educação financeira ajuda a população de baixa renda a não cair nas armadilhas, principalmente com os grandes bancos.

Visão dos candidatos à presidência sobre levar educação financeira nas escolas

Segundo o agregador de pesquisas do Estadão, entre os cinco candidatos que lideram a disputa pela presidência nas eleições 2022, todos os três que responderam as perguntas da reportagem consideram que o tema é essencial.

Esses candidatos também entendem que a temática precisa aplicada na sala de aula. Isso conforme prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Outros dois candidatos que lideram as pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), por meio de suas campanhas, não comentaram sobre a temática.

A assessoria de Lula declarou que o plano de governo ainda está sendo desenvolvido e recebendo contribuições por plataforma on-line. Já a assessoria de Bolsonaro não retornou a abordagem da reportagem.

Posicionamento de Ciro Gomes

Ciro Gomes (PDT) declara ser fundamental “que os jovens aprendam a não cair na armadilha do endividamento, juros altos”. O candidato também destaca a importância de que os alunos “aprendam a usar recursos financeiros para ter uma qualidade de vida melhor”.

Ao comentar que planeja incentivar o ensino da educação financeira nas escolas públicas, o ex-governador do Ceará alega que os menores precisam receber noções básicas de orçamento pessoal.

O candidato também indicou que os alunos precisam ser orientados sobre as consequências do excessivo endividamento, taxas de juros simples e compostos, valores de prestações e de itens comprados a prazo.

Para uma fase posterior do curso, Ciro defende a implementação de cálculos financeiros básicos para a estruturação de um negócio.

A temática sobre levar educação financeira nas escolas ganhou repercussão nas redes sociais recentemente
A temática sobre levar educação financeira nas escolas ganhou repercussão nas redes sociais recentemente (Imagem: Montagem/FDR)

Posicionamento de André Janones

André Janones (Avante) entende a importância da temática, mas faz uma ressalva. “Só não podemos cair na armadilha de achar que aí está o problema da pobreza no Brasil”.

O candidato considera que não existe necessidade de criar uma disciplina específica. Segundo ele, basta tratar temáticas como educação financeira de modo transversal.

“Ou seja, discutir no dia a dia na matemática, português, literatura e por aí vai”, comenta.

Posicionamento de Simone Tebet

Simone Tebet (MDB) considera que a escolas devem preparar o menor para o exercício da cidadania e para o mercado de trabalho. A senadora declara que a “educação financeira é parte dessa formação”.

Tebet argumenta que o Brasil possui uma grande “oportunidade” de progredir na melhor formação dos alunos. Isso a partir do novo ensino médio e da adoção da BNCC.

A candidata afirma que as alterações promovidas no currículo nas escolas aproximarão “a escola da vida real dos alunos e, com isso contribuir para reduzir a evasão”.

A senadora ainda declara que caso já seja iniciado, será possível alterar o “atual estado ruim da nossa educação em menos de uma década”. No entanto, ela alega ser necessário colocar isso como prioridade nacional.

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.