Nesta quarta, 29, o presidente da Caixa Econômica Pedro Guimarães, formalizou o pedido de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. O pedido acontece após vir a tona denúncias de assédio sexual a funcionárias da instituição. Guimarães entregou também um a carta ao presidente em que afirma estar em envolvido em “uma situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da verdade”.
A saída de Pedro Guimarães já era considerada certa desde a noite de terça, 28, no entanto ele ainda não tinha sido demitido e nem decidido sair do cargo. Agora, para ocupar sua posição, um nome que vem circulando é de Daniella Marques, secretária especial de produtividade e competitividade do Ministério da Economia.
Assédio sexual
Depois que as denúncias de assedio sexual foram reveladas pelo site Metrópoles, políticos usaram as suas redes sociais para pedir uma investigação e também a demissão de Guimarães.
Através de seu Twitter, Simone Tebet, pré-candidata do MDB à Presidência da República, afirmou que assédio sexual é crime e deve ser combatido. “As denúncias contra o presidente da Caixa Econômica Federal exigem investigação e apuração rigorosas e imediatas dos fatos, principalmente por envolver uma instituição pública”.
Ela também disse ainda que Guimarães deveria se afastar do cargo imediatamente. “É necessário o afastamento imediato do presidente da Caixa até que as investigações sejam finalizadas. Um banco vive de credibilidade e um banco público não pode admitir um assediador em potencial no principal cargo da instituição”.
O pré-candidato à presidência do PDT, Ciro Gomes, também se posicionou e solicitou uma rápida apuração do caso afirmando que Pedro teria agido como “um predador contumaz, uma espécie de serial killer da honra de várias funcionárias da CEF”. O pedetista acrescentou que “em qualquer país sério, escândalos desta natureza, com agressões morais e sexuais a mulheres, abalariam e até derrubariam governos”.
A deputada Gleise Hoffmann presidente do PT, considerou a denúncia como “chocante” e se solidarizou com as funcionárias da Caixa. “É esse tipo de gente repugnante que Bolsonaro tem ao seu lado. Pedro Guimarães precisa ser afastado e investigado.”