Com os investimentos, um dos grandes objetivos dos investidores que se identificam como LGBTQIA+ é a aquisição da casa própria. Os números fazem parte da 5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, divulgados nesta terça-feira (28).
A compra da casa própria é um objetivo de 28% dos investidores LGBTQIA+. O número supera os 28% dos heterossexuais que buscam comprar um imóvel com investimentos. A pesquisa foi realizada pela Associação Nacional das Empresas dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha.
Em seguida, aparece ter dinheiro guardado para emergências. Neste caso, ambos os grupos possuem o mesmo percentual, de 20%.
O levantamento ainda indica que 12% dos investidores LGBTQIA+ desejam utilizar os investimentos para realizar uma viagem, um passeio ou atividades de lazer. Com relação aos heterossexuais, o percentual chega a 7%.
Público LGBTQIA+ está mais conectado
A pesquisa também aponta que os LGBTQIA+ utiliza mais os meios digitais — tanto para investir seus recursos quanto na procura por informações sobre investimentos.
Ao serem perguntados sobre o principal meio usado para aplicar, a principal resposta é o aplicativo de banco (42%). Em seguida, aparecem ir pessoalmente ao banco (38%) e aplicativos de corretoras de investimentos (7%).
Na busca por informações sobre investimentos, 43% das pessoas LGBTQIA+ informaram que o YouTube é o canal de mídia usado. Logo depois, aparece o Instagram (32%).
População LGBTQIA+ realiza mais investimentos
Conforme a pesquisa, a população LGBTQIA+ está mais disposta a investir neste ano. Dentre estes, 53% disseram que pretendiam realizar aplicações em 2022. No grupo de participantes heterossexuais, o percentual chega a 48%.
O superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da Anbima, Marcelo Billi, informa que essa foi a primeira edição do levantamento que foram inseridas perguntas sobre a população LGBTQIA+.
“O que pudemos identificar é que fatores como classe social e faixa etária têm maior impacto no comportamento e nos hábitos financeiros do que identidade de gênero e orientação sexual”, declara.
A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 30 de novembro do ano passado, com 8.878 participantes. Desses entrevistados, 1.761 foram considerados investidores, e 1.522 cidadãos que buscam informações sobre o tema. O levantamento tem uma margem de erro de um ponto percentual.