O empenho do presidente da República, Jair Bolsonaro na viabilização de novas políticas públicas sociais é uma atitude vista, por investidores, como de alto risco para a economia brasileira. A análise é de que as investidas se mantêm distantes do capital financeiro do país.
As políticas públicas sociais de Bolsonaro consistem na redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O foco é a baixa nos preços dos combustíveis, gás de cozinha e até mesmo a energia elétrica, produtos e serviços em altas constantes no Brasil.
Mas esta não é a única iniciativa de Bolsonaro. O presidente também pretende incrementar as políticas públicas sociais mediante a ampliação do Auxílio Brasil, do Vale Gás e também através da concessão de um auxílio para os caminhoneiros. Inclusive, propostas para a criação deste novo benefício já tramitam no Congresso Nacional.
Entretanto, é crucial levar em consideração a proporção dos gastos resultantes dessas iniciativas e como elas seriam capazes de impactar as contas públicas a partir de 2023.
O aumento das despesas públicas precisa ser combinado à pressão em torno da baixa nas ações da Bolsa de Valores brasileira e sobre o real, que voltou a se desvalorizar drasticamente frente a moedas com o dólar e o euro.
Na visão dos especialistas, este pacote de bondades eleitorais que recebe extrema atenção, deve ser debatido considerando os efeitos a longo prazo para o país. Isso porque, o foco atual gira em torno apenas do resultado das eleições de 2022, visando se manter no cargo de presidente da República.
Entenda o impacto das políticas públicas sociais de Bolsonaro
Os debates sobre as políticas públicas sociais de Bolsonaro no Congresso Nacional afastam o país da regra do teto de gastos, que impõe um limite no crescimento das despesas públicas em relação à inflação. O risco gera receio nos investidores devido à possibilidade de um novo decreto de estado de emergência.
Assim, haveria a suspensão das regras fiscais, abrindo espaço para gastos às vésperas do pleito eleitoral. O resultado seria o impacto estrondoso nas contas públicas e na economia brasileira a partir de 2023.
As investidas de Bolsonaro visam elevar a mensalidade do Auxílio Brasil para R$ 600. O programa lançado como substituto do Bolsa Família é a aposta do presidente para conquistar o apoio da população vulnerável que compõe a massa de eleitores brasileiros.
Também há a intenção de aumentar o pagamento do Vale Gás transferindo a periodicidade para um benefício mensal, embora o valor intencionado ainda não tenha sido divulgado. Sem contar a proposta de pagar um auxílio caminhoneiro de R$ 1 mil visando amenizar as críticas do principal eleitorado do governo atual.