Inflação deve continuar em alta, mostram prévias

Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-1%), considerado a prévia da inflação oficial do país, acelerou para 0,69%. Os números foram divulgados pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (24).

Inflação deve continuar em alta, mostram prévias
Inflação deve continuar em alta, mostram prévias (Imagem: Montagem/FDR)

Em comparação a maio, a prévia da inflação aumentou 0,10 ponto percentual. De acordo com o IBGE, o item com maior peso em junho foi plano de saúde, que aumentou 2,99%. Este item representou 0,10 ponto percentual no resultado recente.

No acumulado deste ano, o indicador já registra elevação de 5,65%. No acumulado dos últimos 12 meses, a prévia da inflação desacelerou para 12,04% — abaixo dos 12,20% apresentados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho do ano passado, o IPCA-15 tinha sido de 0,83%.

Os números de junho ficaram acima do previsto pelo mercado. Segundo a mediana de 35 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, a estimativa era de aumento de 0,65%.

Itens que mais pesaram na prévia da inflação de junho

O IBGE informa que todos os grupos de serviços e produtos pesquisados registraram elevação na prévia da inflação em junho. O maior impacto foi do grupo de Transportes, com alta de 0,84% — mas desaceleração em comparação a maio (1,80%). Já o grupo com maior variação foi Vestuário (1,77%).

Outro destaque mensal foi o grupo de Saúde e cuidados pessoais (1,27%). Isso muito por conta dos planos de saúde, que foram reajustados em até 15,50%, autorizado, em 26 de maio, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Neste grupo, também pesou a elevação nos produtos farmacêuticos, de 1,38%.

No grupo Habitação, que tinha apresentado a única queda de maio (-3,85%), o aumento de 0,66% foi puxado pela taxa de água e esgoto (4,29%). Esta foi influenciada pelos reajustes promovidos nas áreas de Belém, São Paulo e Curitiba.

Com relação ao grupo Alimentação e bebidas (0,25%), houve desaceleração após crescimento de 1,52% no mês anterior.

O resultado foi influenciado pelos alimentos para consumo no domicílio. Estes caíram de 1,71% em maio para 0,08% em junho. O item leite longa vida, que tinha aumentado 7,99% em maio, elevou 3,45% em junho.

Para cada um dos grupos de serviços e produtos, estes foram os resultados de junho:

  • Vestuário: 1,77%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,27%
  • Artigos de residência: 0,94%
  • Transportes: 0,84%
  • Habitação: 0,66%
  • Despesas pessoais: 0,54%
  • Comunicação: 0,36%
  • Alimentação e bebidas: 0,25%
  • Educação: 0,07%

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.