Compras online: 52% dos consumidores já tiveram compras negadas; veja motivos e como evitar

Pontos-chave
  • 52% dos brasileiros já teve uma com pra negada
  • Situação pode causar a perda do cliente
  • Taxa de aprovação é uma das métricas mais relevantes do mercado

Quem já passou pela situação de compras negadas no momento do pagamento, sabe como isto é chato e constrangedor. Isto também é frustrante para o vendedor que acaba perdendo a venda e possivelmente o cliente. Se isto aconteceu com você, saiba que não é o único. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Signifyd, 52% dos brasileiros já tiveram uma compra negada. 

“Os consumidores estão cada vez mais exigentes em suas experiências. No ambiente online, agilidade e praticidade são alguns dos principais fatores que podem interferir nesse processo”, comenta Betina Wecker, VP de Novos Negócios e cofundadora da startup Appmax, que oferece soluções focadas em maximizar os resultados em vendas online. “Por isso, quando o cliente insere seus dados de pagamento no checkout e tem a operação recusada, a chance de repensar sua decisão e desistir da compra é grande”.

Na visão de empreendedores digitais, a taxa de aprovação é uma das métricas mais relevantes do mercado. “Não adianta você investir em  diversas estratégias para captação de potenciais clientes se, quando eles chegam no processo de pagamento, a compra é recusada”, complementa Betina. 

O pagamento recusado pode causar, além da perda da venda em questão, como também pode prejudicar a reputação do estabelecimento no longo prazo.

São muitos motivos que podem causar a recusa de um pagamento na internet. Betina cita as principais razões e o que deve ser feito para evitar estes problemas.

Práticas incomuns podem causar a recusa do pagamento 

De acordo com o Serasa, por minuto no Brasil, são realizadas cerca de 3.600 tentativas de fraudes no comércio eletrônico. Nosso país, inclusive, é um dos mais enfrentam este tipo de golpe. Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram efetuadas 785 mil tentativas. 

Justamente por isso, diversos comportamentos de compra considerados fora do padrão são taxados como suspeitos pelos sistemas financeiros.

Exemplos são quando é feita uma aquisição com um valor muito acima do que normalmente se gasta ou quando são realizadas diversas operações em sequência. Nesse cenário, as transações costumam ser automaticamente reprovadas, mesmo que sejam legítimas.

“Embora seja importante que o e-commerce se atente contra procedimentos fraudulentos, esses bloqueios realizados por sistemas antifraude automáticos podem acabar trazendo prejuízos ao negócio caso muitas compras verídicas sejam recusadas”, disse a especialista.

Uma forma de evitar isso é contando com um sistema de análise híbrida, isto é, automática e manual. Assim, todas as transações identificadas como suspeitas passam por uma segunda revisão mais detalhada, garantindo a segurança e, ao mesmo tempo, evitando que uma operação legítima seja reprovada. 

No antifraude da Appmax, por exemplo, todos os pedidos identificados como suspeitos pelo algoritmo são analisados de forma manual por uma equipe especializada para verificação do motivo dessa negativa e possível solução da questão.

Erros de digitação 

Quando está próximo de finalizar a compra, o cliente precisa preencher um formulário com dados que auxiliam na identificação da veracidade da transação, como nome, CPF, endereço, número do cartão, data de vencimento e código de segurança. Assim, é relativamente comum que aconteçam alguns erros de digitação.

Infelizmente, porém, um simples descuido do consumidor ao fornecer seus dados pode ser motivo para a reprovação do seu pagamento. “Um número ou letra trocado ou inserido no local errado já é suficiente para que o sistema antifraude não consiga cruzar os dados do comprador e, consequentemente, cancele a operação”, aponta a cofundadora da Appmax.

Um serviço de análise híbrida como o oferecido pela empresa ajuda a solucionar esse problema, considerando que há uma avaliação detalhada da suspeita. “Quando os pedidos são recusados pela operação automática, é realizado um cruzamento de dados manual que visa encontrar a razão dessa suspeita, incluindo erros de digitação, que podem ser facilmente solucionados”, afirma Betina. Dessa forma, é possível garantir uma transação sem ruídos, o que gera mais confiança.

Se atente a cartões bloqueados, expirados, ou sem limite 

No entanto, mesmo que todas as informações do cartão e do seu titular estejam corretas, ainda pode haver negócios negados. A pesquisa da Signifyd demonstra que a própria operadora de cartão é identificada como quem mais rejeita as compras por 22% dos consumidores.

É bastante comum, por exemplo, que o cartão de crédito esteja expirado, isto é, com a data de vencimento ultrapassada, ou bloqueado pela instituição financeira. Se tente ainda ao seu limite, pois compra com valor acima dele, serão bloqueadas.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.