Operação da Polícia Federal prendeu o Ex-ministro da Educação por suposto envolvimento em esquema de liberação de verbas; também são investigados dois pastores. A PF realiza na manhã dessa quarta-feira, 22, mantados de busca e apreensão em diversos estados.
Manhã agitada para a Polícia Federal que prendeu preventivamente o Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dois pastores, todos são investigados pela operação chamada Acesso Pago.
Segundo informações, Ribeiro foi preso em Santos, mas, deve ser transferido para São Paulo e depois para Brasília.
Na Capital Federal ele deve passar por audiência de custódia amanhã, 23, na Superintendência da Polícia Federal.
Ex-ministro da Educação investigado
Segundo a PF, Milton Ribeiro é investigado pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
Em nota a Polícia Federal comentou sobre as penalidades aplicadas a essas práticas segundo o Código Penal.
- Crime de tráfico de influência – de 2 a 5 anos de reclusão;
- Crime de corrupção passiva – 2 a 12 anos de reclusão;
- Prevaricação – 3 meses a 1 ano de detenção;
- Advocacia administrativa – 1 a 3 meses.
Segundo a PF a ação teve autorização do Supremo Tribunal Federal, devido ao foro privilegiado de um dos investigados; ela acontece após “identificação de possíveis indícios de prática criminosa”.
Investigação no Ministério da Educação
Além de Ribeiro, segundo fontes, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura também são alvo da investigação.
Eles são investigados por atuar informalmente junto a prefeitos para a liberação de recursos do Ministério da Educação.
Ao todo 13 mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão, que estão sendo cumpridos nos estados de Goiás; São Paulo; Pará e Distrito Federal.
Milton Ribeiro já deixou o comando do MEC em março desse ano após o jornal Folha de S.Paulo obter um áudio em que o ex-ministro da Educação assume uma prática ilegal.
Em uma conversa gravada, o então ministro fala sobre uma ordem que recebeu do Presidente Jair Bolsonaro para liberação de verbas da pasta para prefeituras.
Acontece que essa negociação teria sido intermediada por dois pastores que sequer possuem cargos no governo federal.
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em um trecho.
Na gravação ele ainda continua:
“Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”.
Milton Ribeiro assumiu o MEC em julho de 2021 após a saída de Abraham Weintraub.
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