Foi determinada pela Justiça de São Paulo, a penhora de troféus e carros de corrida do ex-piloto Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial de Fórmula 1, por conta de uma dívida no valor estimado de R$416 mil.
A penhora foi determinada pela juíza Fabiana Marini através de um processo movido pela empresa Sax Logística de Shows e Eventos em decorrência de uma competição promovida pelo piloto em 2012, a “6 horas de São Paulo”, uma prova de automobilismo do Campeonato Mundial de Marcas.
A empresa foi contratada naquele ano para efetuar o processo de liberação na alfândega dos carros e equipamentos que seriam necessários para a competição, incluindo o fretamento de contêineres e aviões.
Porém, os valores acordados não foram pagos totalmente e atualmente, considerando os juros e multa, a dívida está em R$416 mil.
Por conta disso, a juíza decidiu penhorar os bens de Fittipaldi que estão em um imóvel localizado na avenida Rebouças, em São Paulo, sede da empresa de Fittipaldi que promoveu o evento, até que se alcance o valor da devido por ele.
Neste imóvel estão armazenados o carro Copersucar 1976, da Escuderia Fittipaldi, a única equipe originalmente brasileira da Fórmula 1, assim como o da Patrick Racing com o qual Emerson venceu as 500 milhas de Indianápolis no ano de 1989, entre outras coisas.
Através de um documento remetido à Justiça, a penhora dos bens foi contestada pelos advogados do piloto. Eles alegam que Fittipaldi não é o dono dos bens guardados no imóvel.
Segundo eles, estes itens são de propriedade do Museu Fittipaldi, fundado no ano de 2003 “para compor o patrimônio cultural e esportivo do país, de forma a fomentar a memória esportiva do automobilismo”.
“O museu não é parte litigante do processo, e a penhora dos bens que lhe pertencem é irregular. Fittipaldi sequer é administrador do Museu Fittipaldi, sendo apenas membro presidente do conselho de deliberação”, afirmaram eles à Justiça.
Para a Sax Logística, estas alegações dos advogados do piloto se tratam de uma “nítida manobra para ocultar seus bens e fraudar credores”.
Sobre as acusações, Fittipaldi disse que o museu foi constituído muitos anos antes da assinatura do contrato com a empresa. O piloto ainda pode recorrer da decisão.