Caminhoneiros voltam a ameaçar entrar em greve devido ao aumento dos combustíveis

Diante do aumento dos preços dos combustíveis, caminhoneiros voltam a ameaçar entrar em greve. Os líderes da categoria culpam o presidente Jair Bolsonaro (PL), por mais um aumento dos combustíveis. Na última sexta-feira (17), o chefe de estado realizou postagens em suas redes sociais colocando a Petrobras pelos reajustes. Acompanhe. 

Caminhoneiros voltam a ameaçar entrar em greve devido ao aumento dos combustíveis (Imagem: Montagem/FDR)
Caminhoneiros voltam a ameaçar entrar em greve devido ao aumento dos combustíveis (Imagem: Montagem/FDR)

Wallace Landim, o Chorão, é um dos representantes dos caminhoneiros e afirma que a greve é bastante provável em decorrência dos novos valores. À frente da paralisação dos caminhoneiros de 2018, ele informou já existir uma mobilização entre os trabalhadores da categoria para a realização de nova greve.

“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável”, comunicou o líder.

Caminhoneiros suspendem apoio à Bolsonaro

Após comentários feitos pelo presidente da República em seu Twitter, no qual o mesmo afirma que o Governo Federal é contra os reajustes, o deputado Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Nacional em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, criticou Bolsonaro.

“Bolsonaro continua querendo tirar a responsabilidade dos seus ombros, isso é uma mentira deslavada, já que a solução está na sua caneta”, afirmou o deputado.

De acordo com Crispim, o corte de alíquotas de ICMS não deve reduzir o preço dos combustíveis.

“Foi uma armadilha para governadores, prefeitos e povo brasileiro, que viram os recursos para a Saúde, Educação e Segurança Pública reduzidos em favor de investidores internacionais das bolsas de valores, para os banqueiros e para os golpistas que importam combustíveis”, completou Nereu Crispim.

Diante das afirmativas, o deputado solicitou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) que seja colocado em pauta o Projeto de Lei que cria o Fundo de Estabilização e suspende o Preço de Paridade de Importação, que nivela os valores da Petrobras com o mercado internacional.

Segundo Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o intuito de Bolsonaro com a postagem é confundir a população. 

“Ele fala como se o governo fosse contrário ao aumento e não pudesse fazer nada”, diz o diretor.

Litti afirma que é necessário que o presidente intervenha na política de preços da Petrobras, acabando assim com o PPI. 

 

Hannah Aragão
Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE. Atuei em diferentes áreas da comunicação, como endo marketing, comunicação estratégica e jornalismo impresso. Atualmente me dedico ao jornalismo online na produção de matérias para o FDR.