Banco Central dos EUA aumenta taxa básica de juros; entenda o que isso significa para a economia mundial

Nesta quarta, 15, o FED (Federal Reserve), banco central americano, comunicou sua decisão política monetária e elevou os juros em 0,75 ponto percentual, para uma faixa de 1,5% a 1,75%, como já era esperado por grande parte do mercado desde que as informações sobre a inflação ao consumidor do último mês pegaram o mercado de surpresa na sexta, 10.

O aumento de juros foi votado e recebeu dez votos favoráveis e somente um contrário. O voto contrário veio de Esther George, presidente do Fed de Kansas City, que votou em um aumento de meio ponto percentual.

De acordo com membros do comitê de política monetária, os ganhos de salário foram consideráveis nos últimos meses e o desemprego seguiu com uma taxa baixa. A inflação, por sua vez, seguiu em alta, com reflexos do desequilíbrio da oferta e da demanda relativas à pandemia, preços elevados de energia e pressões mais abrangentes a respeito de preços.

“Ao avaliar a postura adequada da política monetária, o comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o atingimento dos objetivos”, dizia o comunicado, ressaltando que está muito focado em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%.

Autoridades do Banco Central dos EUA indicaram uma trajetória mais veloz de crescimento nos custos de empréstimos mais à frente, alinhando a política monetária com uma alteração rápida nesta semana nas percepções do mercado financeiro a respeito  do que será preciso para segurar as pressões de preços.

Os membros do Fomc destacaram também que os obstáculos e objetivos da economia seguiram os mesmos das reuniões mais recentes.

“A invasão da Ucrânia pela Rússia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. A invasão e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global. Além disso, os bloqueios relacionados à pandemia na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos”, explicou, ao garantir que está “altamente atento aos riscos inflacionários”.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.