Auxílio Brasil é apontado como ineficiente pela população, gerando a ira do filho de Bolsonaro. Na última semana, uma pesquisa do Instituto Datafolha relevou que parte significativa dos contemplados pelo projeto social afirmam que a quantia de R$ 400 não é o suficiente para matar a fome. Flávio Bolsonaro, senador e primogênito do atual presidente, respondeu sobre o caso.
Nos últimos anos, o Brasil vem vivenciando uma série de retrocessos sociais. Voltamos ao mapa da fome e permanecemos com o desemprego em níveis alarmantes. Cada vez menos os cidadãos conseguem uma independência financeira que lhes garante dignidade. O Auxílio Brasil surge então como uma medida que solucionaria esse problema.
Auxílio Brasil insuficiente
Os dados do Datafolha afirmam que 69% dos atuais beneficiários acreditam que o valor de R$ 400 seja insuficiente. Eles alegam que com essa quantia não é possível matar a fome, tendo em vista a necessidade de remanejar outras despesas relacionadas a moradia e saúde.
É válido ressaltar que o critério principal para ser contemplado pelo projeto é justamente não ter uma fonte de renda declarada. Isso implica dizer que supostamente essas pessoas têm o direito de um recebimento mensal apenas nesse valor.
“Quem recebe R$ 400 não passa fome”
Em entrevista à CNN Brasil, Flávio Bolsonaro, filho do presidente da república, contestou os dados da Datafolha. De acordo com ele, os cidadãos que recebem os R$ 400 do Auxílio Brasil não passam fome.
“Quem recebe 400 reais por mês de Auxílio Brasil pode ter dificuldade, mas fome não passa. O presidente Bolsonaro zerou os impostos federais sobre arroz, feijão, zerou impostos de importação sobre os derivados do petróleo que vem para abastecer as nossas redes de postos”, declarou.
“Quer dizer, o que está ao alcance dele ele tá fazendo. Agora, mais uma vez, óbvio que tem pessoas que passam dificuldade, mas talvez por não conseguirem ter ainda acesso a um programa social do governo que, sem dúvida alguma, ampararia essas pessoas, né?”, completou.
Durante sua entrevista, Flávio Bolsonaro enfatizou que a mensalidade de R$ 400 é o suficiente para “a pessoa não passar necessidade”. “Se você coloca valor de R$ 2 mil, [por exemplo], a pessoa não vai querer trabalhar”, afirmou.