Bolsa de valores tem quarto dia seguido de quedas; descubra os principais motivos

Nesta quarta-feira (8), o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, recuou 1,55%, aos 108.367 pontos. Apesar de ter apresentado desempenho positivo mais cedo, o índice da B3 passou por queda acelerada na última hora da sessão.

Bolsa de valores tem quarto dia seguido de quedas; descubra os principais motivos
Bolsa de valores tem quarto dia seguido de quedas; descubra os principais motivos (Imagem: Montagem/FDR)

No pregão, o índice da bolsa de valores brasileira oscilou entre 108.045 e 110.142 pontos. O volume negociado foi de R$ 22,4 bilhões. Com a diminuição recente, o Ibovespa chegou à quarta redução seguida.

No acumulado do mês, o índice registra queda de 2,68%. Apesar disso, no ano, o Ibovespa segue em alta de 3,38%.

As ações que se destacaram positivamente nessa quarta foram as da Qualicorp (QUAL3) e da Cogna (COGN3). As valorizações foram de 3,20% e 2,41%, respectivamente.

Na outra ponta, os destaques negativos foram os papéis da Weg (WEGE3) e da Gerdau (GGBR4). As quedas foram, respectivamente, de 5,93% e 4,90%.

Os principais motivos que afetaram a bolsa de valores

O principal índice da B3 foi pressionado pelas quedas das bolsas de valores do exterior. Os temores com o cenário fiscal brasileiro também vêm impactando o mercado.

No exterior, as grandes bolsas encerraram em baixa. Isso acontece em meio às preocupações sobre a inflação alta pesando nos mercados e desaceleração da economia mundial.

Nesta quarta-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) comunicou que diminuiu suas estimativas de crescimento e elevou suas previsões de inflação.

A entidade estima que, neste ano, a economia global crescerá 3%. No relatório anterior, de dezembro, a previsão era de que o aumento seria de 4,5%.

no cenário interno, o mercado repercutiu a proposta do governo para buscar diminuir os preços dos combustíveis. Segundo analistas consultados pelo g1, essa medida provoca riscos fiscais.

Essa sugestão ainda pode não assegurar uma reversão do aumento dos valores da gasolina e diesel, segundo os especialistas.

Diante do projeto de lei que define uma alíquota máxima para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro comunicou que o governo aceitará ressarcir os estados pelas perdas dessa arrecadação.

O custo dessas transferências seria entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões. Apesar disso, ainda não foi detalhada a fonte dos recursos.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.