Lula quer zerar fila do Bolsa Família e promete novo valor

O programa Auxílio Brasil mal começou e pode já ter data para terminar. Isso, se o candidato à presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições 2022. A ideia do ex-presidente é voltar ao Bolsa Família, dessa vez com valor maior e zerando a fila de pessoas que aguardando pelo benefício.

Lula afirma que deve reajustar o valor do Bolsa Família e zerar sua fila; acompanhe
Lula afirma que deve reajustar o valor do Bolsa Família e zerar sua fila; acompanhe (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

De acordo com uma reportagem produzida pela Folha de S. Paulo, Lula deve incluir no seu plano de governo a retomada do nome Bolsa Família para o maior programa de assistência social do país.

E ainda, inserir como promessa o aumento no valor atualmente pago pelo benefício. Hoje, os inscritos recebem algo em torno de R$ 409,51, e têm direito a outras bonificações.

O valor, embora pareça insuficiente para auxiliar as famílias mais pobres, ainda é maior do que a quantia paga no antigo Bolsa Família. No programa que foi criado na era PT eram repassados em média R$ 227 por inscrito.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha com 2.556 eleitores em todo Brasil, 56% dos eleitores de Bolsonaro disseram que o valor pago pelo Auxílio Brasil é insuficiente. Enquanto isso, do lado daqueles que reprovam o atual governo, 76% diz que o valor é mais baixo que o ideal.

Embora haja interesse em reajustar a quantia, ainda não se falou sobre valores exatos. Também foi mencionado o interesse em criar um mecanismo que impeça que haja fila de espera para entrar no programa.

Neste ano o Auxílio Brasil já presta assistência para 18 milhões de famílias. Mas, a ideia dos petistas é buscar espaço nos gastos para que consigam aumentar esse número de beneficiados.

O grande empecilho sobre essa questão é encontrar formas de custear as novidades no Bolsa Família. Discute-se a possibilidade de revogar o teto de gastos, ou seja, desimpedir que os gastos públicos fiquem acima da União.

Estabelecer um teto orçamentário para um programa que tem esse potencial de dinamização da economia não faz sentido. O ex-presidente Lula diz que o pobre não é problema, o pobre é solução. Nós temos um mercado [de consumo] enorme com isso”, afirma Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome para Folha de S. Paulo.

 

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]