O que são seguros de vida coletivos? Como funcionam? Valem a pena?

Pontos-chave
  • Seguros de vida estão crescendo no país
  • Entenda diferenças entre seguros Individuais e coletivos

A contratação de seguros de vida vem crescendo no país, especialmente após a pandemia do coronavírus. Este tipo de seguro ainda está um pouco atrás dos populares seguros de carro, por exemplo, mas segundo Pedro Dalla Stella, sócio-fundador da SDS Insurance, corretora de seguros independente, o cenário pode estar mudando. Segundo dados da Susep, a maioria das pessoas utilizam seguros coletivos, aqueles que são oferecidos por empresas. Será que eles tem diferença comparado com um individual? Saiba aqui.

“É melhor ter um seguro de vida via empresa do que ficar desprotegido. As empresas fecham com uma seguradora e podem definir quanto será a proteção, valores por cargos, tipos de coberturas”, explicou Carlos Gondim, diretor de vida e previdência da Porto ao InfoMoney.

Entenda as diferenças entre um seguro de vida coletivo e individual.

Seguro de vida coletivo

Para começar, é preciso saber quais são os tipos de seguro disponíveis no mercado. De forma geral, existem quatro tipos:

  • Individual: cobre o titular que o contratou
  • Familiar: Cobre a família, normalmente o cônjuge e filhos)
  • Coletivo: aquele que é contratado por empresas para seus funcionários)
  • Resgatável: Permite que uma parte do prêmio total pago seja resgatado após um prazo de carência

“Mas o seguro resgatável e o familiar também são seguros individuais”, explicou ao InfoMoney Manes Erlichman, diretor da corretora digital Minuto Seguros.

Desta forma, existem duas categorias de seguro de vida: o individual e o em grupo. O seguro coletivo, só pode ser contratado por empresas.

Manes explicou também para o InfoMoney que o seguro de vida possui alguns objetivos. “As coberturas contempladas devem buscar as expectativas dos colaboradores e estarem alinhadas com as coberturas oferecidas pela demais empresas do mercado, para que o seguro de vida ofertado seja um benefício importante para contratar e reter talentos dentro das empresas” disse.

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria MercerMarsh Benefícios que contou com a participação de 737 empresas do país, 92% delas ofertavam seguro de vida aos seus colaboradores no último ano, perdendo apenas para os planos de saúde (98%).

Seguro de vida coletivo é o bastante?

Uma pessoa pode optar por ter mais de uma apólice de seguro, sendo uma através da empresa que trabalha, ou seja, coletivo, e um outro individual. A Susep explicou que em caso de sinistro, o segurado recebe as duas indenizações.

Os especialistas concordam com o fato de que é melhor ter um seguro de vida coletivo através da empresa do que não ter nenhum.

Uma diferença dos seguros de vida em relação aos planos de previdência, é que o seguro de vida não permite portabilidade entre seguradoras e apólices. Caso o segurado interrompa o pagamento dos prêmios, a apólice é encerrada. Já no caso do coletivo, não faz sentido a empresa continuar pagando os prêmios se o empregado não estiver mais trabalhando.

O custo do seguro de vida é definido de acordo com diversos fatores como idade, histórico de saúde, coberturas, regras da seguradora, dentre outros pontos.

“No passado, os profissionais ficavam dez, 20 anos na mesma empresa. Hoje, via de regra, os trabalhadores mais jovens ficam três, cinco anos, atingem um objetivo e partem para o próximo. E a cada troca mais uma apólice de seguro de vida é feita, se a empresa oferecer”, disse ao InfoMoney o corretor de seguros Fernando Olbrich.

“Mas, como o seguro de vida é um produto de longo prazo, idealmente, não vale a pena ficar mudando e fazendo novas apólices. No caso dos coletivos, nem sempre sai mais caro, mas ao mudar de emprego você pode perder a proteção. Por isso, costumo pensar que o seguro de vida deve ser pessoal e ser carregado por onde a pessoa for”, complementou.

Plano individual é necessário?

Os seguros de vida são procurados por pessoas que possuem responsabilidade financeira com uma família. 

No caso de profissionais formais que tem acesso aos planos coletivos, uma dica é avaliar se a cobertura oferecida é suficiente para seu caso. Se não for, busque opções de seguros individuais que são mais personalizáveis.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.