Primeiro automóvel deixa de ser a prioridade para jovens brasileiros, de acordo com pesquisa. Mudanças no mercado, hábitos de consumo e aumentos de preços estão entre os motivos.
A ansiedade pelos 18 anos para tirar a habilitação não faz mais parte do perfil do jovem brasileiro e o primeiro automóvel deixa de ser prioridade. É o que diz a pesquisa feita pela Tecnobank.
Relação do jovem com bens duráveis mudou
A pesquisa realizada pela Tecnobank, uma empresa brasileira de tecnologia para registros eletrônicos de contratos de financiamentos de veículos, afirma que a maior parte dos jovens brasileiros entre 18 e 25 anos não comprou carro nos últimos dois anos, ou mesmo possui pretensão de comprar pelos próximos dois.
A pesquisa buscou compreender a mudança no hábito de consumo dos jovens e sua fuga das compras com pagamento financiado a médio e longo prazo.
O resultado da pesquisa é notório, no dia a dia no círculo social de um jovem adulto pode ser muito mais fácil lembrar de vários amigos que dependem de transporte público ou aplicativos de viagem, do que muitos nomes de amigos com carro.
Já faz alguns anos que é possível perceber que a relação das gerações mais novas com bens duráveis tem passado por mudanças. Os boomers, geração nascida entre 1946 e 1964, buscavam por pelo ideal de estabilidade que contava com a aquisição de imóveis e automóveis próprios, na vez dos millennials e as gerações Y e Z cresceram com questionamentos quanto aos benefícios de se apegar a tais aquisições, financiamentos a médio e longo prazo não são vistos com investimentos vantajosos pelos jovens.
Mais detalhes do levantamento
De acordo com a Tecnobank, o estudo apontou que quanto menor a idade, menor é a intenção de comprar um carro nos próximos 24 meses. O diretor de Comunicação e Marketing da empresa, Cristiano Caporci, explica que a mudança dos hábitos de consumo são um reflexo da economia:
“Além do perfil desses consumidores, que querem mais flexibilidade para suas vidas, há fatores econômicos envolvidos. Atualmente, eles preferem aplicar esse dinheiro em itens como viagens e até mesmo investimentos financeiros”, explica o diretor.