Não é de hoje que a inflação tem trazido dor de cabeça ao consumidor brasileiro. De acordo com recente levantamento realizado pela PUCPR, leite, batata e tomate lideram os aumentos em decorrência da inflação.
Professores do curso de economia da Pontifícia Único Católica do Paraná, a PUCPR, criaram o Índice de Inflação da Cesta Básica para a região de Curitiba e para o Brasil, que vem sendo publicado mensalmente desde outubro de 2021.
Índice inédito leva em consideração apenas a inflação de produtos da Cesta Básica
De acordo com o economista e coordenador do curso, Jackson Bittencourt: “O indicador é calculado com base nos 13 produtos de alimentação definidos pelo Decreto Lei n° 399, de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salário mínimo no Brasil e que continua em vigência”.
Para realizar o cálculo foram utilizados como base de ponderação as despesas de consumo das famílias residentes das áreas urbanas, com rendimentos de um a quarenta salários mínimos, tendo sido obtidos na Pesquisa de Orçamentos Familiares, o POF, do IBGE de 2017-2018.
O professor completa afirmando que a alta pesa sobre o bolso dos que possuem uma renda mais baixa: “Sem dúvida a inflação afeta muito mais as pessoas de rendimentos mais baixos, mas na atual conjuntura ela tornou os preços dos itens da Cesta Básica inacessíveis para muitos brasileiros”.
Detalhes do levantamento
A pesquisa avaliou os aumentos sofridos pelos produtos da cesta básica tanto no mês de abril, quanto no primeiro quadrimestre do ano.
De acordo com o levantamento, no mês de abril, os maiores aumentos dos produtos da cesta básica foram: batata-inglesa (18,28%), leite Longa Vida (10,31%), tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%) e feijão carioca (7,10%). Durante o mês, a única queda registrada foi da banana-prata (-3,18%).
No acumulado do ano, entre janeiro e abril, é possível perceber que todos os produtos da cesta básica sofreram aumento. No quadrimestre os maiores aumentos registrados foram da batata-inglesa (67,99%), tomate (48,88%), leite Longa Vida (22,35%), óleo de soja (20,37%), feijão-carioca (19,71%) e café em pó (13,22%).