Maquininhas de cartão: reclamações têm aumento de 27%; como escolher a melhor opção?

Pontos-chave
  • Diversos empreendedores afirmam ter problemas em maquininhas de cartão;
  • Alguns fatores devem ser considerados para escolher a melhor opção;
  • O suporte da fornecedora de maquininhas também deve ser analisado.

No ano passado, o setor de maquininhas de cartão teve 89,4 mil reclamações registradas no site do Reclame Aqui. Esse número representa uma alta de 27% em comparação ao ano anterior, que teve 70.414 reclamações registradas no site.

Segundo pesquisa feita pelo portal, entre os dias 22 e 26 de agosto de 2019, 74% dos empreendedores já trabalhavam com máquinas de cartão em seus estabelecimentos.

Além disso, 54,5% disseram ter problemas nos equipamentos. A pesquisa apontou que 62% dos comerciantes possuíam somente uma maquininha em seu empreendimento.

Entre os consumidores entrevistados, 18% informaram que tiveram problemas com essas máquinas — e em 53% das vezes foram problemas de conexão de internet;

Para realizar o levantamento, o portal consultou 8,2 mil pessoas. Destas, eram 84,4% consumidores e 15,6% comerciantes.

Lojista deve analisar o suporte da fornecedora de maquininhas de cartão

De acordo com Ana Paula Kubinhets, CEO da Aquarelle, empresa de soluções de gestão de ativos e controle de qualidade, um fator importante para o lojista escolher a fornecedora da máquina é um bom e rápido suporte.

Isso vale para a troca ou reparo da maquininha, solicitação de bobina ou demais necessidades. Desse modo, o comerciante poderá evitar complicações no momento de cobrar pelas vendas realizadas.

Kubinhets informa que também são corriqueiros os problemas de conexão de internet, porque a maquininha vem com chip de celular 5G ou necessita de conexão a uma rede Wi-Fi.

Neste cenário, caso o equipamento não funcione mesmo após fazer testes remotos, o comerciante precisa solicitar a presença de um técnico — para efetuar o reparo ou a troca.

Segundo a especialista, “toda essa gestão logística das maquininhas que precisam ser retiradas nos locais, consertadas e depois devolvidas, ou substituídas, pode ser mais facilmente controlada pelas credenciadoras por um sistema inteligente de gestão de ativos”.

Outros fatores para escolher a melhor opção de maquinhas de cartão

Além de analisar a empresa a ser escolhida para se tornar parceira, o empreendedor deve escolher entre as que vendem a maquininha e as que alugam.

As empresas que alugam, cobram um valor mensal para o estabelecimento usar o aparelho. Dependendo da situação do comércio, essa cobrança recorrente pode ser inviável. Em diversos casos, vale mais a pena comprar definitivamente a maquininha.

O empreendedor também deve analisar as taxas cobradas pelas empresas de maquininha. Vale destacar que existem empresas que cobram taxas menores, mas por tempo limitado. Sendo assim, o interessado também deve se atentar ao preço cobrado posteriormente — para decidir pela opção mais em conta.

Ademais, o comerciante precisa observar quais máquinas de cartão se enquadram nas necessidades do empreendimento. Por exemplo, quem vende pela internet, necessita de um sistema de pagamentos online. Nem todas, as empresas de maquininhas disponibilizam essa opção.

Em outro cenário, para quem trabalha com alimentos, é importante adquirir uma maquininha que aceita vale-refeição. De modo geral, o empreendedor deve analisar quais são as bandeiras de cartão aceitas no aparelho de interesse.

Outros exemplos de fatores a serem considerados são: quanto tempo o dinheiro demora para cair na conta, o tempo de funcionamento da máquina fora da tomada (em caso de aparelhos portáteis), e como os comprovantes das vendas são enviados.

A escolha da maquininha de cartão ideal ajudará no crescimento financeiro da loja
A escolha da maquininha de cartão ideal ajudará no crescimento financeiro da loja (Imagem: Montagem/FDR)

Mercado de maquininhas de cartão em expansão

Conforme Ana Paula Kubinhets, as maquinetas mais novas são celulares, chamadas de maquininhas “mobile”.

Em muitos casos, o comerciante recebe a maquininha de um fornecedor, o chip de uma operadora de telefone. Estes chegam de diferentes centros de distribuição diferentes, depois passam para o setor logísticos, até chegar na ponta.

Diante disso, problemas podem acontecer, e o suporte da credenciadora precisa saber o que está ocorrendo. A especialista declara que “eles precisam ter algum rastreio”.

Como são diversas empresas envolvidas, os vários sistemas que ficam por trás desse processo também são variados. Neste sentido, os players do mercado de maquininhas possuem o grande desafio de fazer tudo isso se conversar.

“Se uma mesma máquina der problema várias vezes, somente pela análise do histórico é possível detectar se o equipamento precisa ser aposentado, por exemplo, e é melhor começar a trabalhar com outro que dê menos problema e menos custo logístico e de mão de obra”, continua.

A especialista afirma que, se o software for integrado, terá um histórico associado àquele comerciante. Quem está na visão gerencial, conseguirá extrair os indicadores de operação.

“Se não estiver tudo integrado, é fácil a informação se perder. Será necessário exportar planilhas de vários sistemas para construir um indicador”, alerta.

Na situação de uma credenciadora ter dois ou mais almoxarifados ou estoques, e necessitar transferir peças de um centro de distribuição para outro, a especialista explica que a Aquarelle, por exemplo, implanta um sistema de controle e rastreamento.

Este sistema otimizará o uso e disponibilidade de equipamentos físicos, máquinas, veículos, infraestruturas, comunicações e outros ativos.

“Quando a credenciadora fornece um rastreio, todos têm a visibilidade do processo, sabem que o equipamento saiu, e podem ter o acompanhamento completo de onde aquela carga está”, completa.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.