Diante do aumento expressivo de construções de novos prédios em São Paulo, vem surgindo uma forte disputa por terrenos. A principal procura tem sido por terrenos em regiões de alta renda em SP. A informação foi levantada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
As incorporadoras vêm desembolsando financeiramente centenas de milhões de reais por terrenos antes ocupados por casas — e até prédios menores. O objetivo é de tornas essas áreas em arranha-céus. No entanto, tem sido difícil encontrar um terreno na capital paulista.
Fatores que dificultam a procura por terrenos em regiões de alta renda em SP
Diversos fatores tornam difícil a procura por terrenos em São Paulo. A capital já é uma cidade com grande área construída. Em 2014, foi sancionada o atual Plano Diretor, que libera construções de prédios altos somente em regiões de grandes eixos de transporte público — com estações de metrô.
Outro fator é que, nos últimos quatro anos, nunca foram lançados tantos imóveis. Conforme dados a Secovi-SP, até 2018, houve o lançamento de 39 mil unidades ao ano na capital. Desde então, esse nível mais do que dobrou.
Como definido por empresários e executivos do setor, esse cenário provoca uma “briga de foice”. Para ter uma boa oportunidade, as companhias estão dispostas a pagar caro.
Cenário atual promove especialistas em procurar terrenos vazios em SP
Em meio à competição no mercado e a dificuldade de identificar novas áreas para incorporação, vêm até mesmo desenvolvido uma atividade nova: a de especialistas em “caçar” terrenos vazios na capital paulista.
Nos últimos anos, este movimento passou a ser mais organizado. Essa tendência vem se tornando um diferencial competitivo para as incorporadoras que buscam espaços para que os empreendimentos sejam viabilizados.
Ao Estadão, o presidente da incorporadora Vitacon, Ariel Frankel, afirma que, apesar disso, esse segmento ainda está em fase inicial. Ele também declara que o setor é pouco profissionalizado.
De qualquer forma, atualmente, essa companhia atua com aproximadamente 15 profissionais — entre pequenas empresas e autônomos. Estes auxiliam na procura por terrenos.
A incorporadora explica que esses profissionais trabalham na etapa inicial. Após isso, a empresa assume a linha de frente.