Bolsa de valores: especialistas recomendam ficar longe das ações do Twitter; saiba motivo

A semana começou com a notícia da compra do Twitter pelo empresário Elon Musk e diversos investidores se perguntaram sobre como agir com as ações da rede social. Segundo especialistas procurados pelo UOL, a opinião foi uma só: este é o momento de fugir dos ativos do Twitter.

Na segunda, 25, os papéis do Twitter avançaram 6%, mas já ontem, vem apresentando quedas de 3,59% por volta das 14h25, a US$ 49,88 cada. Já os BDRs, que são os recibos de ações que são operados na Bolsa de Valores B3 do Twitter (TWTR34) tiveram  queda de 2,30% no mesmo horário.

As ações da rede social, que foi comprada pelo homem mais rico do mundo, possui um limite de preço: US$ 54,20 (cerca de R$ 264), preço acertado para a venda.

O empresário adquiriu a rede social por US$44 bilhões. Ele deterá 100% da empresa, que antes era controlada pelo príncipe saudita Salman bin Abdulaziz, que tinha cerca de 5% das ações. O restante das ações eram pertencentes a bancos e empresas de investimentos, como a The Vanguard Group, a BlackRock, a State Street e o Morgan Stanley.

Segundo Elon, a partir desta compra, a empresa não terá mais ações sendo negociadas na Bolsa e terá capital fechado.

“Com o fechamento do negócio, a ação agora tem um teto, que é o preço pago por Musk. Não vai subir mais que isso. Ficará oscilando nessa faixa de preço”, explicou ao UOL Guilherme Zanin, analista da Avenue Capital. 

Por conta disto, não vale a pena adquirir o papel, na visão de Guilherme. A projeção de ganhos é baixa e as oscilações até a oficialização da compra são diversas, até porque a compra ainda está sujeita a aprovações regulatórias.

“Se as autoridades antitruste dos Estados Unidos demorarem para avaliar o negócio, essas oscilações vão acontecer muito. E ainda tem o risco do Musk desistir do negócio”, disse José Augusto Albino, sócio da Catarina Capital ao UOL. 

Os brasileiros podem investir no Twitter ou em empresas cotadas em bolsas americanas a partir de compra de recibos de ações.  No caso do Twitter, TWTR34. São os BDRs.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.