Dólar volta a ter altas elevadas; descubra o que vem causando este movimento

No começo desta segunda-feira (25), o dólar manteve a tendência de valorização em comparação ao real. Na última sessão, a moeda norte-americana tinha fechado em alta de 4,04%, cotado a R$ 4,8061. Este tinha sido o maior aumento diário desde o começo da pandemia de coronavírus, março de 2020.

Dólar volta a ter altas elevadas; descubra o que vem causando este movimento
Dólar volta a ter altas elevadas; descubra o que vem causando este movimento (Imagem: Montagem/FDR)

Nesta segunda-feira, às 9h40, a moeda norte-americana registrou alta de 0,42%, negociada a R$ 4,8261. No acumulado de abril, o dólar passou a ter um aumento de 0,99%. Apesar disso, a moeda estrangeira ainda apresenta queda de 13,79% neste ano.

Fatores que vêm impactando a cotação do dólar

Os mercados mundiais seguem atentos à possibilidade de aumento mais forte dos juros nos Estados Unidos.

Na última quinta-feira (21), Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), afirmou que uma alta de meio ponto percentual na taxa básica de juros “está sobre a mesa” no início de maio — quando acontecerá a próxima reunião da autoridade monetária.

Por conta da disparada da inflação, grandes bancos nos Estados Unidos já consideram dois aumentos de 75 pontos base na taxa de juros em junho e julho.

Em um cenário de escalada dos juros norte-americanos, se torna mais atrativo investir na renda fixa do país estrangeiro. Como resultado, mais recursos tendem a entrar nos EUA — e o dólar também tende a valorizar.

A condição sanitária na China também está no radar do mercado. O crescimento econômico é ameaçado pelas restrições contra o coronavírus. Dezenas de cidades no país estão em situação de lockdown.

Já no cenário local, os agentes se atentam às próximas decisões do Banco Central brasileiro.

Isso acontece após Roberto Campos Neto, presidente da instituição, declarar que o Comitê de Política Monetária (Copom) está pronto para ajudar o patamar de seu ciclo monetário — se houver choques inflacionários mais persistentes ou maiores do que o previsto.

No panorama político, a crise entre o Judiciário e o governo também está sendo observado pelo mercado. Neste domingo (24), o ministro Luís Roberto Barroso declarou que as Forças Armadas estariam sendo orientadas a atacar o processo eleitoral brasileiro.

Depois dessa afirmação, o Ministério da Defesa reagiu. A pasta declarou que a alegação de Barroso é “irresponsável”.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.