Turismo e exportação são os grandes geradores de emprego no Brasil. Levantamento da CNC analisou os 5.570 municípios brasileiros.
São os municípios em que o turismo e a exportação das chamadas commodities, os produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional, são as principais atividades que têm contribuído para a diminuição dos níveis de desemprego no país.
Levantamento da CNC aponta como evoluiu o estoque de empregados em municípios brasileiros
A CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, analisou os 5.570 municípios do país, posteriormente foi realizada a seleção das cidades que possuem a quantidade mínima de 10 mil trabalhadores formais, cerca de 660 municípios.
A Confederação analisou como cada município evoluiu o estoque de empregados. Para o estudo, foi considerado o período de julho de 2020, momento em que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) passou a registrar saldos positivos, após a primeira onda da pandemia da Covid-19, até fevereiro de 2022.
Entre as 20 cidades que mais geraram empregos, 15 são polos turísticos, como Araruama (RJ), Porto Seguro (BA), Balneário Camboriú (SC), ou polos produtores e exportadores de commodities, em que a maioria possui atividade de mineração.
Detalhes do levantamento feito pela CNC
A análise feita pelos especialistas da CNC revelou que a cidade de Canaã dos Carajás (PA) foi o município que apresentou a maior variação positiva de ocupações de trabalho formal, durante o período do estudo foram 7.370 vagas criadas, o equivalente a 66%.
Na sequência do ranking aparecem pontos turísticos como Porto Seguro (BA), com avanço de 52%; Vacaria (RS), com 44%; Araruama (RJ), com 39%; e Ipojuca (PE), com 37%. As commodities se destacam nos municípios de Pederneiras (SP), com avanço de 23%, e Santo Antônio de Jesus (BA), também registrando o mesmo avanço.
Os dados mostram um efeito de retomada da economia após um longo período de crise. Para Fabio Bentes, economista da CNC, a tendência é que o setor do turismo continue em ritmo de recuperação.“Mas a gente teve municípios com taxa de crescimento de 70%, 50%, 40%. Ou seja, um indício de que, passadas as fases mais agudas da pandemia, o turismo, de certa forma, está conseguindo se regenerar”, disse o economista em entrevista à Agência Brasil.