José Mauro Coelho, o novo presidente da Petrobras, disse na última quinta, 14, que “a prática de preços de mercado é condição necessária para a criação de um ambiente competitivo”.
Em sua visão, a partir disso, será possível atrair investimentos e crescer a infraestrutura para assegurar o abastecimento. O novo presidente da estatal afirmou que existem grandes desafios para garantir o abastecimento.
“Embora sejamos autossuficientes e exportadores de petróleo, somos importadores de vários combustíveis, o que impõe aos agentes de mercado e ao governo federal grandes desafios para a garantia ao abastecimento.”
Mesmo se mostrando favorável a prática de preços do mercado, que é quando o preço dos combustíveis se altera de acordo com a paridade do barril de petróleo no mercado global, Coelho ponderou que a empresa possui “responsabilidade social”.
Ele disse que esta responsabilidade será buscada através de investimentos em projetos socioambientais e em programas de direitos humanos.
Petrobras
Em seu discurso, José Mauro elogiou o modelo de gestão utilizado pela Petrobras atualmente e que está em vigor desde 2017. Este modelo foi adotado ainda no governo de Michel Temer e foi mantido no governo atual, comandado por Jair Bolsonaro.
Ele destacou que a dívida bruta da empresa estava em cerca de US$ 160 bilhões, “uma das maiores do mundo corporativo”, em 2014. “Hoje a dívida é de menos de US$ 60 bilhões e a menor dívida abre espaço para novos investimentos”.
De acordo com ele, seu objetivo é o de aprimorar a comunicação, como uma maneira de reforçar “a importância que a Petrobras tem para o povo brasileiro”.
Coelho acrescentou que durante sua gestão na Petrobras, a estatal manterá uma interação mais ampla com o Congresso e com o Executivo.
Crescimento na produção
Ainda em seu discurso, Coelho destacou que a Petrobras vai aumentar a produção em 500 mil barris ou equivalentes por dia até 2027 e que isto só foi possível em decorrência do modelo de gestão adotado em 2017, que mirou a atenção em exploração, deixando outros braços em segundo plano.
“Isso permitiu que vultuosos investimentos fossem realizados na região do pré-sal, com consequente aumento na produção de petróleo e gás natural”, disse.