Preços dos alimentos estão mais caros no mundo todo e não devem abaixar; entenda

Infelizmente a alta nos preços dos alimentos não deve ser algo temporário e passageiro. Apurações indicam que este cenário deve prevalecer durante os próximos anos, mesmo em meio à expansão da produção mundial de grãos.

Preços dos alimentos estão mais caros no mundo todo e não devem abaixar; entenda
Preços dos alimentos estão mais caros no mundo todo e não devem abaixar; entenda. (Imagem: Montagem/FDR)

Contudo, a dinâmica comercial foi alterada, em parte pelas dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19 e estimuladas pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O resultado foi a alta nos preços dos alimentos em um patamar que há muito não se via. 

Acredita-se que o retorno para um cenário econômico e financeiro mais controlado irá demorar. Vale destacar que a alta nos preços dos alimentos não tem relação com a fata do produto, mas sim pelo desfecho do comércio no âmbito mundial. 

Na oportunidade, a Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas (FAO), fez uma estimativa de que a produção total de cereais que compõem a safra atual atingiu 2,8 bilhões de toneladas, um volume equivalente a 1% a mais que em 2021. Por outro lado, vale mencionar que as transações internacionais de grãos tiveram um recuo de 3%, para 469 milhões de toneladas na safra atual. 

Outro ponto que deveria ser observado com mais atenção é a possibilidade e poder de recuo dos preços dos alimentos nos estoques, cuja alta foi de 2% para 851 milhões de toneladas. Também é importante observar os valores médios da cesta básica e seus respectivos produtos: carnes, grãos, cereais, óleos vegetais e açúcar. 

Estes itens têm sido analisados pela FAO, que apontou uma alta de 21%, já descontada a inflação em comparação a 2008, período que até então, havia apresentado a maior pressão sobre os preços dos alimentos. Neste sentido, nos últimos 14 anos, os cereais tiveram uma evolução real de 5%, enquanto os óleos vegetais dispararam acumulando um crescimento de 42%. 

Essa alta nos preços dos alimentos começou durante o pico da pandemia da Covid-19 e vem crescendo desde então. Um fator relevante no encarecimento é a prática de alguns consumidores em estoque de alimentos.

No geral, levando em consideração todas as nuances do cenário atual, nota-se que os produtos podem continuar sendo comercializados a preços mais salgados até que, pelo menos, a guerra chegue ao fim.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.