Daniel Alves publicou em suas redes sociais no dia 7 de setembro do ano passado, uma manifestação com teor político utilizando o lema de Bolsonaro e seus apoiadores “Deus acima de tudo”. Esta postagem demostrava de forma clara a posição que o jogador estava. O problema é que não há como justificar o apoio ao atual presidente.
Anteriormente, os meios de comunicação mais importantes legitimaram e naturalizaram a candidatura de Bolsonaro, então era possível dar desculpa de desinformação ou pelo desejo de mudança. Mas, após três anos, e com um governo que coloca num liquidificador liberalismo, fascismo e vulgaridade como nunca antes. visto, qualquer pessoa que continue ligado ao presidente deveria sair de suas funções.
Este é o caso do jogador Daniel Alves, segundo uma matéria investigativa feita por Constança Rezende e Italo Nogueira para a Folha. Dani Alves e Emerson Sheik usaram dinheiro público, aplicando uma chicana legal, para bancar suas organizações sociais.
Isto já é algo que nos faz pensar se ele merece seguir representando o Brasil no futebol. Tite, o comandante da nossa Seleção, sempre foi uma pessoa que tentou se ligar à dos causas, porém, vem decepcionando com falta de posicionamento em acusações de violência sexual na CBF, a contratação de seu filho como assistente, não deu opinião sobre a realização da Copa América no Brasil no auge da pandemia, nada disse sobre Daniel Alves se mostrar favorável a Bolsonaro, entre outros pontos.
Será que a partir das fortes acusações da matéria produzida para a Folha ele mudará de postura? É provável que sim, mas também pode seguir apostando no jogador Daniel Alves.
Mesmo se Alves estivesse em seu melhor momento, não deveria integrar a seleção brasileira, uma vez que se mostra aliado a tudo de ruim que o país vem enfrentando. Nossa seleção deveria fazer muito mais do que apenas jogar futebol, ainda mais em tempos de guerra como o que estamos enfrentando.