Aulas com professores ruins têm impacto direto na renda futura do estudante, mostra pesquisa

Desenvolvimento do professor impacta na rentabilidade do aluno. Uma pesquisa divulgada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) relevou que a atuação dos profissionais de educação interfere diretamente na economia nacional. De acordo com os dados, um jovem com um mestre ruim tem uma queda de 8% em suas finanças. Entenda.

Que a educação é a principal alternativa para o desenvolvimento econômico e social, não há sombra de dúvidas. O Enap revelou que o bom empenho de professores interfere diretamente na renda dos estudantes.

Como os professores afetam a renda de seus alunos?

De acordo com o estudo, se um aluno que tem aula com os 10% piores professores passasse a ter aula com os profissionais de desempenho médio, a sua renda seria 8% maior ao longo da vida profissional. Ou seja, acumularia R$ 34 mil, já que a renda total de uma pessoa com ensino médio completo é de aproximadamente R$ 427 mil.

Será que a qualidade dos professores é realmente similar a ponto de os salários entre eles serem tão parecidos? O estudo nos mostra que não e também sinaliza que precisamos reconhecer e valorizar os melhores professores, inclusive financeiramente — afirma Diana Coutinho, diretora de Altos Estudos da Enap.

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O documento pontua ainda que é preciso mensurar a qualidade dos professores de modo que seja possível identificar o impacto no desempenho dos alunos. A medida deve ser vista como uma importante prática pedagógica que garante o funcionamento efetivo das escolas.

“A identificação dos professores com menores e maiores VAPs também permitiria a implementação de um sistema de aprendizado por pares, em que os professores com maior VAP poderiam servir como mentores de professores com menor VAP. Finalmente, a adoção de uma gratificação variável em função do VAP reconheceria e valorizaria os professores que mais contribuem para o aprendizado dos alunos e resultaria em uma remuneração que melhor reflete a contribuição de cada professor”, defendem os autores

É válido ressaltar, no entanto, que os últimos anos tem sido de total descaso e desmonte das políticas públicas educacionais desse país. Professores estão trabalhando em péssimas condições, sem investimento do poder público para garantir assim a produtividade.

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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