Pirâmide financeira envolvendo criptomoedas faz mais de 3 mil vítimas; confira o esquema

Nesta segunda, 21, a Polícia Federal deflagrou a Operação Bad Bots com objetivo de desarticular um esquema de fraude que envolvia criptomoedas no Paraná. Foram cumpridos dois mandados de prisão e três ordens de busca e apreensão.

Segundo informações da PF, os acusados prejudicaram 3 mil vítimas se apropriando de R$6 milhões ao simularem operações financeiras envolvendo criptoativos.

De acordo com as investigações, um casal oferecia ganhos acima da média vista no mercado com operações de trade com criptomoedas. O casal garantia aos clientes que as negociações seriam efetuadas através de robôs automatizados.

Ao longo do período em que o investimento feito deveria ficar retido, os fraudadores faziam simulações de lucros altíssimos, que poderiam ser sacados ao fim do período  contratado. 

Mas, quando os clientes começavam a pedir os saques dos lucros, os responsáveis passavam a não efetuar o pagamento devido.

Ao longo do período de contratação, os clientes ainda eram incentivados a indicarem outras pessoas para participar do grupo. Para isso, eram ofertados vários prêmios como itens de luxo e viagens.

Por conta das reclamações crescentes e constantes, os fraudadores fugiram de Curitiba e foram morar no interior do Paraná.

Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o casal ostentava bens de luxo nas redes sociais, enquanto os clientes ficavam esperando o pagamento de lucros prometidos.

Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara Federal de Curitiba. Os acusados responderão pelos crimes de estelionato e contra a economia popular e o sistema financeiro nacional.

Golpes envolvendo criptomoedas somaram US$ 14 bi em 2021

A Chainanalysis, empresa de análise de blockchain, divulgou recentemente, os dados consolidados de ações criminosas que envolveram as criptomoedas no último ano.

O relatório que recebeu o nome de “2022 Crypto Crime Report”, mostrou que crimes baseados em criptomoedas bateram um novo recorde histórico de US$ 14 bilhões em 2021, em comparação com US$ 7,8 bilhões, registrados em 2020.

A empresa destaca o fato do crescimento deste tipo de crime acontecer juntamente com uma expansão considerável na utilização legítima de criptomoedas em fraudes. O relatório mostrou que o uso legítimo de criptomoedas ultrapassou bastante o crescimento do uso por criminosos.

Em todas as criptomoedas rastreadas pela Chainalysis, o volume de transações aumentou para US$ 15,8 trilhões no ano passado, um crescimento de 567% na comparação com 2020.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.