Vendedores continuam aplicando ‘golpe das frutas’ no Mercadão de SP

O golpe das frutas aplicado no Mercado Municipal de São Paulo, o Mercadão, ganhou atenção de todos em fevereiro. Porém, se você acha que esta repercussão acabou com o problema, está enganado. A abordagem incisiva aos visitantes do mercado continua acontecendo por parte de alguns comerciantes e o preço das frutas vendidas lá chegam a ser três vezes mais alto do que é encontrado fora. 

A administração do local assume que existem problemas e diz que está fiscalizando e multando, podendo até mesmo retirar a licença de quer infligir a regra.

Há cerca de um mês, ganharam repercussão nas redes sociais as denúncias de clientes do mercadão a respeito de práticas abusivas dentro do local. As pessoas afirmaram que os vendedores cobravam entre R$100 e R$1.200 em bandejas de frutas, constrangiam os clientes a pagarem preços abusivos e, por fim, ainda ofereciam produtos simples como se fossem extremamente exóticos.

No último sábado, dia com muitos turistas, uma equipe do UOL esteve no Mercadão e constatou que esta abordagem mais invasiva ainda estava acontecendo. Ao ser questionada, a Mercado SP SPE, concessionária que administra o local, disse que realiza fiscalizações contínuas e diárias e que já vinha coibindo práticas irregulares desde setembro do ano passado, antes das denúncias ganharem repercussão.

Criticas 

Passado um mês desde que o caso ganhou repercussão, alguns vendedores disseram que a mídia não tinha mostrado o “outro lado”.  Em sua visão, o problema aconteceu em “dois ou três boxes que foram interditados e tinham problemas no CNPJ”. Alguns vendedores acreditam que a imprensa quer acabar com a reputação do Mercadão.

Reclamações 

O visitante que se sentir prejudicado de alguma maneira pode efetuar uma reclamação no site do Procon-SP. É possível reclamar sobre cobranças de valores elevados, incorretas ou de produtos que foram oferecidos para degustação.

O que disse o Mercadão 

Ao entrar em contato com o Consórcio Novo Mercado Municipal, encarregado pela administração do espaço, o UOL recebeu como resposta que a empresa admite que existem abusos, mas que combate, aplica multas e pode até cassar comerciantes que permanecem utilizando práticas ilegais.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.