Na última sexta, 18, a Petrobras divulgou uma nota em que se posiciona sobre a política de reajuste no preço dos combustíveis da estatal. A política da empresa é alvo de inúmeras críticas e polêmicas desde que se iniciaram os constantes aumentos nos preços. O último reajuste foi aplicado no dia 10 de março para a gasolina, diesel e gás de cozinha.
No posicionamento da empresa, ela relembrou que nos últimos meses, o mercado internacional do petróleo está passando por uma grande volatilidade, devido a pandemia, e sofrendo com incertezas e reflexos ligados ao coronavírus. A Petrobras falou ainda sobre as tensões no Leste Europeu, que virou mais um ingrediente de volatilidade, tendo resultado no conflito da Rússia e Ucrânia em fevereiro.
A empresa disse que, de início, mesmo com a disparada dos preços internacionais, ela avaliou toda a conjuntura de mercado e preços segundo governança estabelecida e decidiu não repassar a volatilidade imediatamente.
Após o início do conflito, a Petrobras afirmou que voltou os olhares para o monitoramento diário dos preços do petróleo. E que “somente no dia 11 de março, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados”, a estatal aplicou reajuste nos seus preços de venda às distribuidoras de gasolina, diesel e GLP.
Segundo a empresa, os valores aplicados naquela ocasião, mesmo que relevantes, “refletiam somente parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, que foram fortemente impactados pela oferta limitada ante a demanda mundial por energia.
“Esse movimento da companhia foi no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que, antes da Petrobras, já haviam promovido ajustes nos seus preços de venda, e necessário para que o mercado brasileiro continuasse sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, completou a Petrobras.
Por fim, a estatal finaliza o comunicado destacando o momento incerto que o setor passa atualmente e que vem causando um desequilíbrio nos patamares de oferta e demanda.
“Seguimos em ambiente de muita incerteza, com aumento na demanda por combustíveis no mundo, num momento em que os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia impactam a oferta, gerando uma competição no mundo pelo fornecimento de produtos, o que reforça a importância de que os preços no Brasil permaneçam alinhados ao mercado global para assegurar a normalidade do abastecimento e mitigar riscos de falta de produto”.