Guerra: 90% dos ucranianos podem entrar em situação de pobreza; afirma ONU

Conflito entre Ucrânia e Rússia deve aumentar margem de pobreza e extrema pobreza. Nas últimas semanas, a imprensa mundial vem acompanhando os ataques entre ambos os países europeus. De acordo com um alerta emitido pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), cerca de 90% da Ucrânia deve ficar em vulnerabilidade social. Confira.

Uma pesquisa realizada pelo PNUD relevou que quase que toda a população da Ucrânia deverá ficar abaixo da linha da pobreza, mediante o conflito com a Rússia. De acordo com os dados, se a guerra permanecer, o país deverá vivenciar uma série de retrocessos sociais e econômicos, afetando mais de 36 milhões de pessoas.

“As primeiras estimativas sugerem que 90% da população ucraniana poderia enfrentar pobreza e extrema vulnerabilidade econômica caso a guerra se aprofunde, atrasando o país —e a região— décadas e deixando profundas cicatrizes sociais e econômicas para as gerações futuras”, diz o PNUD.

Ucrânia em declínio

Se os dados se confirmarem, significa dizer que ao menos 36 milhões de cidadãos passarão a viver com um valor inferior a US$ 5,5 (R$ 28,22) por dia. A ONU explicou ainda que os últimos 18 anos de conquistas socioeconômicas serão perdidos, sendo válido ressaltar que hoje apenas um terço da população é considerada vulnerável.

“A guerra na Ucrânia está causando um sofrimento humano inimaginável, com uma trágica perda de vidas e o deslocamento de milhões de pessoas. Embora a necessidade de assistência humanitária imediata aos ucranianos seja da maior importância, os impactos agudos de desenvolvimento de uma guerra prolongada estão agora a tornar-se mais evidentes”, disse o administrador do PNUD, Achim Steiner.

“Um declínio econômico alarmante, e o sofrimento e as dificuldades que trarão a uma população já traumatizada, devem agora ser mais acentuados”, disse. “A fim de evitar mais sofrimento, destruição e empobrecimento, precisamos agora de paz”, defendeu Steiner.

Até o momento, o confronto já fechou mais de 50% das empresas ucranianas e a outra metade vem funcionando muito abaixo da sua capacidade. Como alternativa estão avaliando a concessão de uma espécie de auxílio emergencial, que custaria US$ 250 milhões por mês.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.