Diante da invasão da Ucrânia pela Rússia e sanções de nações ocidentais, diversas instituições financeiras vêm suspendendo negócios no país liderado por Vladimir Putin. Dentro do possível, bancos e gestoras globais têm deixado de investir na Rússia.
Na última quinta-feira (10), dois grandes bancos dos Estados Unidos, Goldman Sachs e JP Morgan Chase anunciaram saída da Rússia. No dia seguinte, o principal banco da Alemanha, o Deutsche Bank, tomou a mesma decisão.
Já nesta segunda-feira (14), o banco americano Citigroup informou que não buscará novos clientes no país. Além disso, a instituição declarou que planeja cortar a exposição à nação de Vladimir Putin.
Cabe destacar que o Citi é o banco dos EUA que tem mais exposição à Rússia — de aproximadamente US$ 10 bilhões. Sendo assim, a instituição tende a ser bastante afetada pela decisão de suspender negócios com o país.
Gestoras globais deixam de investir na Rússia
Desde 28 de fevereiro, a maior gestora de fundos global, a BlackRock, suspendeu a compra de papéis da Rússia. A companhia também declarou que vem solicitando aos formuladores de índices de mercado que retirem títulos e ações russos de seus indicadores.
Segundo o jornal Financial Times. A invasão da Ucrânia provocou perdas de US$ 17 bilhões à BlackRock. Até o fim de janeiro, os clientes da gestora tinham US$ 18,2 bilhões em ativos da Rússia.
O jornal britânico revelou que o fechamento dos mercados na Rússia e as sanções do Ocidente fizeram com que diversos papéis se tornassem “invendáveis”. Diante disso, a gestora marcou os títulos com preço baixo. Isso fez com que a exposição à nação reduzisse para aproximadamente US$ 1 bilhão.
Após ordem do Banco Central da Rússia, a Bolsa de Valores de Moscou permanece fechada para negociações. A interrupção ocorre desde 25 de fevereiro — um dia após a invasão da Ucrânia.
As americanas Brandes Investment Partners e Fidelity Internacional decidiram colocar os papéis russos sob moratória. A britânica Abrdn informou que suspendeu a aquisição de títulos da Rússia — e também a diminuição de exposição à nação.
No começo de março, a Nordea Asset Management, com sede em Copenhague, comunicou que excluiria investimentos russos da carteira. Dentre estes, também incluem títulos do governo e de empresas.