Governo Federal passa a monitorar possíveis riscos de paralisação. Na última semana, a Petrobras anunciou um reajuste de mais de 20% no valor dos combustíveis. Com isso, começou-se a questionar a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros. Abaixo, saiba o que diz a liderança dessa categoria.
Mais uma vez a Petrobras encareceu o valor dos combustíveis. Foi anunciado um reajuste de 24,9% no diesel, impactando diretamente o trabalho dos caminhoneiros. Diante desse cenário, o governo federal está dialogando com a categoria para evitar uma nova paralisação.
A equipe de Bolsonaro vem monitorando os líderes dos sindicatos de caminhoneiros, para avaliar as possibilidades de greve. Até o momento, de acordo com fontes do Ministério da Infraestrutura e do Palácio do Planalto, a situação está em um nível considerado “controlado” e “tranquilo”. “Não devemos ter greve”, afirmou uma fonte do governo.
O que dizem os caminhoneiros?
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), se pronunciou sobre a possibilidade de greve, alegando que o aumento do Diesel e a relação com o frete de quem atua como autônomo não vai se encerrar com as propostas apresentadas por Bolsonaro.
“Há que se enfrentar o problema de forma conjunta com todos os que se relacionam com a contratação do frete. Evidentemente é necessária uma recomposição dos valores dos fretes do caminhoneiro e o mercado deve estar apto a encarar os aumentos dos custos para que se atenuem os desequilíbrios financeiros entre contratados e contratantes”, disse a entidade, em nota.
“De modo que os setores devem trabalhar unidos e cientes de que é imprescindível um reajuste adicional no frete – parte integrante dos custos das mercadorias – por conta do aumento do insumo mais relevante na composição dos custos operacionais do transporte rodoviário de cargas”, afirma.
“É claro que nos preocupamos com a população e com as consequências que o repasse desse aumento trará na vida das pessoas. Mas o setor, infelizmente, não tem mais quaisquer condições de segurar esse aumento, que deve ser repassado imediatamente no valor frete. Do contrário, colocaremos em risco a própria sobrevivência de muitas empresas de transporte, que são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”, completou o presidente da CNT, Vander Costa.