Mulheres ainda recebem menos que os homens em diversos países pelo mundo. Nessa terça-feira (08), celebra-se o Dia Mundial da Mulher. Apesar da data ser anualmente debatida, ainda há uma série de questões que reforçam a desigualdade entre gênero. Uma pesquisa do Banco Mundial, revelou que há uma diferente de 172,3 trilhões de dólares entre os salários. Entenda.
Mais um Dia da Mulher é celebrado, mas a população feminina permanece em luta pelos seus direitos. De acordo com os estudos do Banco Mundial, a desigualdade de gênero resulta em uma diferença de entre de 172,3 trilhões de dólares entre homens e mulheres ao longo de toda a vida.
O levantamento revelou que cerca de 2,4 bilhões de mulheres, entre 18 e 64 anos, têm menos oportunidades e direitos econômicos que os homens. Há 178 países que atualmente impedem a participação das mulheres na economia. Isso significa dizer que a misoginia ainda se faz presente nas sociedades.
“Enfrentando ou não uma catástrofe, como a pandemia, os governos podem tentar reduzir essa desigualdade atuando para garantir mais espaço para as mulheres”, diz o documento.
Manifestação da desigualdade de gênero
O documento do BM releva que são adotadas uma série de estratégias que poderiam reduzir o cenário de desigualdade, como: redução do tempo no trabalho não remunerado e nas responsabilidades de cuidado; e inclusão de artifícios legais que impulsionem a participação delas na força de trabalho e no empreendedorismo.
“Salvaguardar e incentivar a inclusão das mulheres reforça o crescimento econômico, reduz a diferença de gênero nos resultados do desenvolvimento do país e na participação da força de trabalho”, analisa o relatório.
Para fazer o levantamento, foram analisados 190 países, onde apenas 95 garantem uma remuneração igualitária para trabalho entre homens e mulheres.
“Conforme avançamos para alcançar um desenvolvimento verde, resiliente e inclusivo, os governos precisam acelerar o ritmo das reformas legais de modo que as mulheres possam alcançar todo o seu potencial e se beneficiar total e igualitariamente”, afirmou o Banco Mundial no relatório.
Carmen Reinhart, vice-presidente sênior e economista-chefe do Grupo Banco Mundial, ressaltou a necessidade de integração entre setores da sociedade.
“As mulheres não conseguirão conquistar a igualdade no ambiente de trabalho se houver desigualdade dentro de casa. Isso significa nivelar as condições de igualdade e garantir que as mulheres com filhos não sejam excluídas de sua plena participação na economia e possam cumprir suas expectativas e ambições.”