Tensões na Europa: População da Rússia terá confisco de contas em bancos

Vladimir Putin, presidente da Rússia, autorizou o confisco de dinheiro “ilegal” nos bancos oficiais do país. Segundo um texto que foi publicado pela RIA Novosti, agência de notícias do país, todo o dinheiro de dinheiro de funcionários que “exceder a receita oficial dos últimos três anos” pode ser confiscado pelo Estado.

A lei também se aplica a veículos, imóveis, títulos e participações em organizações. Tudo isso pode virar receita para a Federação Russa, em situações de ilegalidade. 

Também foram inclusos na lei os fundos recebidos direto nas contas. Caso o valor total ultrapasse o rendimento declarado no último imposto, e dos dois anos anteriores, e se a legalidade dos fundos não for confirmada, eles também poderão ser confiscadas. 

O texto também diz que o procurador-geral do país poderá solicitar a identificação de fontes de rendimentos duvidosos.

Devido a todas as sanções e retiradas de serviços da Rússia em decorrência do conflito conta a Ucrânia, esta lei pode ser a saída achada por Vladimir Putin para manter dinheiro em caixa. No sábado, 5, Putin falou a respeito das consequências econômicas que as sanções tem causado e que elas são tentativas de guerra contra a Rússia.

Doações a Ucrânia via criptomoedas

A Ucrânia já estava recebendo doações em criptomoedas antes mesmo da invasão russa no último dia 24. A partir deste acontecimento, os ucranianos começaram a receber valores mais elevados na vaquinha e na última segunda, 28, o montante atingiu US$20 milhões.

O montante foi revelado pela plataforma de análise de blockchain Elliptic. “O governo ucraniano e as ONGs que prestam apoio aos militares arrecadaram US$ 20 milhões por meio de milhares de doações de criptomoedas desde o início da invasão”, dizia uma  publicação feita no blog que montara as doações.

A plataforma disse ainda que uma das organizações não governamentais recebeu uma única doação em bitcoin no valor de US$3 milhões. Na cotação da última segunda, este valor equivale a cerca de 90 milhões de grívnias, moeda ucraniana.

O governo ucraniano escreveu em seu perfil no twitter que estava aceitando estas ajudas. “Fique do lado do povo da Ucrânia. Agora aceitando doações em criptomoedas. Bitcoin, Ethereum e USDT”, disse o governo do país no sábado, 26, com o endereço de duas carteiras para os ativos digitais.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.