No quarto trimestre de 2021, o Banco Inter registrou lucro líquido contábil de R$ 6,4 milhões. O desempenho ficou 67,1% abaixo do obtido no mesmo período do ano anterior. Diante do resultado adverso, as ações do Inter chegaram a cair mais de 9%.
Nos últimos três meses de 2021, o Banco Inter teve lucro líquido ajustado de R$ 20,2 milhões. Este resultado ficou 4,2% acima do registrado no quarto trimestre de 2020.
No acumulado do ano passado, o lucro contábil do Inter foi totalizou R$ 64,7 milhões. Isso representa um crescimento de 1.059,8% na comparação anual. Já o lucro ajustado somou R$ 78,5 milhões no ano, equivalente a um aumento de 1.307,8%.
A receita média por usuário (ARPU) do Inter chegou a R$ 218,1 no trimestre. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 8,7%.
De outubro a dezembro, o custo de aquisição de clientes chegou a R$ 28,79 por cliente. Na comparação anual, foi observado uma elevação de 7,4%.
Ações do Inter caem após divulgação de balanço trimestral
No encerramento desta terça, as units do Inter (BIDI11) caíram 9,61%, a R$ 23,85. As ações ordinárias (BIDI3) recuaram 9,11%, a R$ 7,97. Já as ações preferenciais (BIDI4) despencaram 9,39%, a R$ 7,91.
Na avaliação do Itaú BBA, o Banco Inter registrou bons números para o trimestre. Os analistas ressaltaram a combinação de monetização acelerada de clientes (margem financeira e Serviços), diluição de custos e índices estáveis de inadimplência.
O Itaú BBA tem recomendação outperform (performance acima da média do mercado) para os ativos. O preço-alvo é de R$ 65,12 por ativo BIDI11.
O Bradesco BBI indicou que os resultados ficaram marginalmente negativos para as ações. Como lado positivo, foi destacado a forte geração de receita, com o ARPU subindo na base anual. Ao mesmo passo, o custo de serviços esteve bastante estável.
O BBI ainda destacou a forte contribuição da Intershop, com aumento na margem de lucro bruto.
Já como lado negativo, o Banco Inter teve um prejuízo antes de impostos de R$ 13 bilhões, prejudicado por outras despesas operacionais — que foram afetadas por uma redução de aproximadamente R$ 70 bilhões em uma operação de venda de empréstimos.
No entendimento do BBI, as preocupações do mercado sobre a lucratividade de longo prazo ainda devem impossibilitar, por enquanto, uma reclassificação significativa do ativo. A indicação do Bradesco BBI ainda continua outperform para a ação. O preço-alvo para o ativo é de R$ 51.