Na última sexta-feira (18), a Cielo (CIEL3) anunciou que sua subsidiária integral Cielo USA Inc. celebrou contrato para a venda da totalidade das ações da Merchant E-Solutions, empresa provedora de soluções para pagamentos. Após este comunicado, as ações da Cielo dispararam.
A compra da subsidiária integral da Cielo foi feita pela Sam I Acquisition Corp. Esta é uma subsidiária da Integrum Holdings. O preço total da transação será de até US$ 290 milhões. Deste total, US$ 140 milhões se refere a uma parcela fixa a ser paga no dia de fechamento.
Além disso, até US$ 150 milhões são referentes a uma parcela variável, cuja apuração e efetiva realização dependem de verificação futura de determinadas premissas acordadas entre as partes.
De acordo com a Cielo, a transação integra uma estratégia de crescente concentração da empresa em seu ‘core-business’ no Brasil. Essa transação está em linha com outros desinvestimentos concluídos ao longo do ano passado — Orizon, Plataforma Elo, Bitz e Multidisplay/M4U.
A Cielo ainda declara que o Conselho de Administração da Companhia aprovou os termos e condições da operação. A conclusão dependerá do cumprimento de certas condições precedentes usuais a esse tipo de negócio.
Desempenho das ações da Cielo (CIEL3)
Após o comunicado, as ações da Cielo fecharam em alta de 12,30%, a R$ 2,83 na última sexta-feira. No acumulado deste ano, os papéis da companhia já aumentaram 24,12%.
Na avaliação do Credit Suisse, a venda da empresa é positiva. A cifra de venda representa aproximadamente 11%-23% do preço de mercado da Cielo. A Merchant E-Solutions impactou negativamente no lucro líquido da Cielo no ano passado — contribuição negativa de R$ 150 milhões.
O BB Investimentos também entende o anúncio como favorável. Segundo a casa, essa venda não chega a ser surpreendente, já que se acompanha o plano de desinvestimento da Cielo.
Apesar disso, o BB Investimentos declara que o mercado se surpreendeu positivamente com o preço negociado da transação. Mesmo considerando somente a parcela fixa, essa foi a maior transação de alienação feita pela companhia nos últimos anos.
De qualquer modo, os analistas reforçam que transações dessa natureza são lentas e incertas.
