Nesta terça-feira (15), o bitcoin chegou a ser cotado novamente na casa dos US$ 44 mil. Por volta das 11h40, a criptomoeda registrava aumento de 4,39%, nas últimas 24 horas, a US$ 44.484, conforme informações do CoinDesk. A valorização acompanha a diminuição das tensões envolvendo a Ucrânia.
No mesmo período, o ethereum, segunda principal criptomoeda, apresenta valorização de 6,40%, a US$ 3,133. O movimento de alta também foi observado em outros mercados de ativos de risco. Na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa registrou aumento de 0,82%, por exemplo.
Em nota, o analista de mercado financeiro da Oanda, em nova York, declara que “o bitcoin parece estar se estabilizando”. Na avaliação dele, isso é uma notícia positiva — ao considerar o aumento significativo dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
Tensão entre Rússia e Ucrânia segue no radar do mercado de bitcoin
O mercado de criptomoedas segue observando as negociações entre a Rússia e nações do Ocidente — em meio às possibilidades de riscos à oferta global de energia se o governo russo invadir a Ucrânia.
Nesta terça, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou a saída de parte das tropas mobilizadas próximas à Ucrânia. Segundo o porta-voz do ministério, Igor, Konashenko, um conjunto de exercícios de combate foi finalizada, conforme os planos.
Conforme ele, as tropas e equipamento militares vem deixando militares do Oeste e Sul do país por rodovias e ferrovias. A saída de aproximadamente 10 mil soldados acontece diante da busca diplomática para lidar com as tensões.
Para lidar com a situação atual, o primeiro-ministro da Alemanha, Ofaf Scholz, viajou a Moscou para dialogar com o presidenta da Rússia, Vladimir Putin.
Vale destacar que, além das tensões entre Rússia e Ucrânia, o mercado cripto também pode ser impactado pelas pressões inflacionárias nos Estados Unidos.
Ao CoinDesk, o analista sênior de mercado da OANDA para as Américas, Edward Moya, afirma que a tensão entre os países vem pressionando as cotações do petróleo. Contudo, se houver progresso em uma saída diplomática, o mercado se concentrará na economia norte-americana.
Na avaliação de especialistas, dados de fundos de moedas digitais podem indicar retomada do mercado cripto. Conforme o CoinDesk, o bitcoin encerrou janeiro com desvalorização de 17%, mas registra aumento de 11% em fevereiro.