O Itaú BBA reiniciou a cobertura para os papéis de varejistas expostas ao e-commerce. O banco destacou a preferência pelas ações do Mercado Livre (MELI34). Os analistas da casa destacam a grande base de tráfego orgânico da companhia argentina.
Segundo os analistas do Itaú BBA, o Mercado Livre está nas fases iniciais de monetização de seu empreendimento de negócio — produzindo receitas crescentes de anúncio e fulfillment.
Este termo indica que o estoque dos vendedores é gerenciado pela própria companhia, do armazenamento do produto à entrega ao cliente. O modelo, tanto no México quanto no Brasil, deve impactar as margens e taxas.
Os analistas avaliam que o Mercado Livre é favorecido da grande base de tráfego do aumento do volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) na região.
Já na outra ponta, outros players vêm se concentrando em proteger o caixa, aplicando com mais responsabilidade no Custo de Aquisição do Cliente (CAC).
Ao mesmo tempo, o negócio de crédito no Mercado Pago tem trazido margens favoráveis e qualidade — de modo a também puxar o quadro geral de rentabilidade.
Recomendação do Itaú BBA para as ações do Mercado Livre
Apesar de que o Mercado Livre tenha dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) negociados da Bolsa brasileira, a recomendação do Itaú BBA vale para os ativos MELI negociados na Nasdaq.
Os analistas do banco possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a ação MELI. O preço-alvo indicado é de US$ 1.557,00. Em comparação à cotação da última sexta-feira (11), este valor representa um potencial de aumento de 43%.
Avaliação do Itaú BBA para outras varejistas expostas ao e-commerce
Os analistas do Itaú BBA seguiram com uma abordagem construtiva para em Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3). A casa manteve a indicação outperform. Contudo, houve ajuste nos valores justos para baixo.
Para MGLU3, o preço-alvo justo para este ano é de R$ 44. Em comparação ao fechamento de sexta, há um potencial de aumento de 35%. Para AMER3, o preço-alvo é de R$ 12 — upside de 89%.
Para a Via (VIIA), os analistas possuem uma abordagem mais conservadora — ao mesmo passo em que a companhia lida com a situação de contingência em processos trabalhistas antigos. Diante disso, o Itaú BBA diminuiu a indicação de outperform para marketperform (conforme a média do mercado).
Com relação à Via, os analistas apontaram o preço-alvo de R$ 4,70. Isso representa um potencial de valorização de 14%.