Os brasileiros estão perdendo o sono neste início de ano. A falta de emprego e a inflação em alta está corroendo o poder de compra. No fim do ano passado, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 76,3% das famílias tinham dívidas. E isto acabou se tornando tema nas redes sociais.
Segundo dados da Knewin, uma startup que monitora mídia espontânea, revelou que no período de uma semana (de 24 a 31 de janeiro) 150 mil tuítes, como são chamados os posts no Twitter, mencionam termos ligados a finanças pessoais.
Entre os temas mais citados, “dívidas” foi o que mais apareceu, representando 39,8% dos tuítes. Já na sequência, o termo foi “empréstimo”, com 24,8% dos posts, seguido por “finanças” com 13,7% das menções. Já entre as hashtags, a mais usada foi #empréstimo,
O presidente e co-fundador da Pilla, Henrique Soares, disse que a explicação para estes termos estarem tão presentes na rede, é uma combinação de fatores.
As razões vão desde a falta de educação financeira e de planejamento, juntamente com a falta de uma reserva de emergência, necessidade ignorada por muitos brasileiros. Soma-se a isso, o pouco acesso a produtos financeiros que podem ajudar a sair das dívidas e a enfrentar a crise na economia.
Na visão de Henrique, as empresas tem o poder de ajudar a melhorar este cenário. “O público que recebe menos tem pouquíssimo apoio do sistema financeiro tradicional. Nós queremos mudar a realidade dessas pessoas. Para isso, analisamos a situação financeira de cada colaborador, garantindo que ele tenha uma educação financeira personalizada, com a indicação de produtos adequados às suas necessidades”, disse ele ao Valor Investe.
A Pilla, oferece além do planejamento financeiro e gestão de orçamento, uma solução de antecipação de salário e investimentos. A empresa também auxilia os colaboradores endividados a negociar seus débitos.
Inflação
A palavra inflação também cresceu bastante nas pesquisas na rede. Apenas no último ano, a busca pela palavra aumentou mais de 50%. O termo passou ainda a ser mais publicado pela mídia.