Ações das farmácias estão em queda; vale a pena comprar?

Por conta da pandemia de coronavírus, o setor de saúde passou a se destacar entre os investidores. As farmácias, além venderem medicamentos, passaram a adicionar mais serviços. Isso fez com que algumas dessas empresas registrassem lucro. Apesar disso, as ações das farmácias estão em queda.

Por serem considerados serviços essenciais, as farmácias não foram impactadas pelo isolamento social. Essas regras foram estabelecidas pelos governos estaduais nas fases mais agudas da pandemia. Além disso, a adição de novos serviços potencializou os negócios.

Perspectivas sobre ações das farmácias

Diante do cenário macroeconômico, com a inflação em alta, a performance das ações de farmácias deve ser afetada neste ano. Apesar disso, analistas ainda observam oportunidades positivas de investimento.

Ao Estadão, o analista de ações da AZ Quest, Daniel Namur, afirma que o aumento de testes para detectar covid-19 provocou elevação de clientes e de lucro. Ele destaca que isso auxilia na alta de ticket médio consolidado das empresas.

Em relatório, os analistas da XP ressaltam que os novos serviços proporcionam um ecossistema positivo para as empresas — aproveitando as necessidades de saúde dos consumidores, ao máximo.

Conforme balanços trimestrais dos últimos dois anos, o número considerável de casos de coronavírus no país, além da adição de serviços, podem ter ajudado para a melhora das receitas das companhias farmacêuticas listadas na Bolsa de Valores.

Contudo, o analista da Suno Reseach, João Daronco, alega, ao Estadão, que a adição de serviços, por meio dos testes — especialmente de covid-19 — não deve ser relevante, no longo prazo, para o investidor. No entendimento dele, esse momento deve acontece somente enquanto a pandemia durar.

Mesmo com a elevação das receitas, grande parte das ações das farmacêuticas estão performando negativamente na Bolsa.

Segundo levantamento realizado pela Economatica a pedido do E-Investidor, das 10 empesas do setor de medicamentos e outros produtos listados na B3, somente Hypera (HYPE3), Biomm (BIOM3) e Ourofino S/A (OFSA3) tiveram desempenho positivo no acumulado anual — até 10 de fevereiro.

O analista de ações da AZ Quest argumenta que os ativos do setor podem ser favorecidos pelo reajuste da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), para abril, em 10%.

Conforme ele, a Raia Drogasil (RADL3) ficou descontada com o desempenho recente das suas ações. Essa farmacêutica, segundo o analista, abriu uma oportunidade favorável para aplicação.

Na mesma linha, os analistas da XP demonstraram preferência pela Raia Drogasil. Isso por conta do forte posicionamento de mercado, sólido histórico de execução e maior liquidez.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.