- Com a pandemia o uso de aplicativos de comida aumentou, pensando nisso, surgiu um aplicativo que oferece 70%;
- O aplicativo Refood, quer diminuir o desperdício de alimentos;
- O aplicativo começou a operar no final de agosto de 2021 na cidade de São Paulo.
Com a pandemia o uso de aplicativos de comida aumentou, pensando nisso, surgiu um aplicativo que oferece 70% de desconto nos alimentos e ainda evita o desperdício de comida. Já imaginou poder comer naquele restaurante caro por um preço mais em conta. Saiba mais sobre o aplicativo aqui.
Segundo as previsões, em 2050 o mundo terá de conseguir disponibilizar alimentação a 9 ou 10 mil milhões de pessoas, mais de 2 mil milhões de seres humanos face aos existentes atualmente.
A tendência de descida que se fazia sentir foi invertida e, em 2020, registaram-se mais 118 milhões de pessoas em situação de subnutrição face ao estimado em 2019. “Se o mundo continuar no caminho atual, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de acabar com a fome até 2030 será perdido por uma margem de quase 660 milhões de pessoas”, pode ler-se neste relatório da Organização das Nações Unidas.
O aplicativo Refood, quer diminuir o desperdício de alimentos ao levar os seus clientes a consumirem produtos de estabelecimentos com sobra de comida. O desconto é de, no mínimo, cerca de 70%.
O aplicativo começou a operar no final de agosto de 2021 na cidade de São Paulo, mas agora vem ganhando conhecimento entre consumidores e marcas.
O aplicativo foi Inspirado em um modelo contra desperdício consolidado na Europa, a startup foi criada pelos empreendedores Marcos Nofuentes, André Paraense, Luciano Touguinha e Pietro Lancieri.
Como funciona?
Os clientes podem comprar alimentos próximos do prazo de validade em restaurantes, padarias e supermercados. Neste mês, está prevista a estreia de um projeto-piloto no hotel Ibis Styles Faria Lima, da rede Accor Hotels, com a oferta de excedentes de café da manhã.
Outras duas marcas podem entrar no portfólio da startup neste mês: a rede de supermercados Dia e o supermercado Quitanda, em Pinheiros.
Não é possível escolher a comida
Marcos Nofuentes,o espanhol, que cuida do marketing e conteúdo, explicou que os estabelecimentos devem seguir apenas duas regras: fornecer opções de qualidade e com preço justo.
O aplicativo fica com uma taxa fixa de R$ 5 por venda feita na plataforma.
O cliente compra uma caixa surpresa, ou seja, não pode escolher os itens que serão colocados nela. A retirada é feita no próprio estabelecimento, sem a opção de entrega.
A devolução do dinheiro ocorre apenas se algum produto estiver impróprio para consumo.
Mesmo não revelando os números, o empreendedor afirma que o mês de janeiro superou dezembro em vendas. Ele acredita que a inflação tem feito os brasileiros repensarem o consumo.
Quais os participantes?
Estão cadastrados no aplicativo restaurantes com buffet como Elvira e Bacuri, a Padaria da Esquina, o hortifrúti Hortisabor e a loja de rosquinhas The Good Cup Donut, além dos já citados St. Marche e Let’s Poke.
Clicando na opção que deseja, o cliente verá na tela a relação de preço com desconto e o original.
Além disso, a plataforma indica se os pratos são feitos para carnívoros e vegetarianos, embora não revele os ingredientes utilizados.
Um dos problemas é que pessoas com restrições alimentares só vão saber se a refeição tem algum item que cause alergia no momento da retirada.
Já os kits de supermercado podem conter frutas, legumes, bolachas e cereais. Os clientes que compram na padaria tem a chance de receber pães de queijo, croissants e pastéis de belém. As caixas de comida japonesa acompanham sushi, niguiri e uramaki.
Por hora o serviço funciona apenas em quatro bairros de São Paulo: Itaim Bibi, Vila Olímpia, Pinheiros e Vila Madalena, todos de classe média alta.
A startup tem como meta estar em toda a capital paulista até o final de 2022 e chegar no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Fortaleza no ano seguinte.