Na última terça, 8, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), impediu que o controle da APS (Assistência Personalizada à Saúde), do Grupo Amil, fosse transferido. De acordo com esta decisão, os sócios atuais da APS (Amil e Santa Helena), não podem sair do quadro social da empresa.
A ANS explicou que a decisão foi tomada em decorrência da falta de informações a respeito da suposta compra do controle societário da APS por uma empresa de reestruturação financeira.
Ainda segundo a agência, desde o dia 2 de janeiro, a APS é encarregada da assistência aos quase 330 mil beneficiários de planos individuais e familiares em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná que foram transferidos da Amil.
A ANS disse em nota que “por não ter recebido pedido de alteração de estrutura societária da APS e diante das notícias veiculadas pela imprensa sobre o tema, a ANS convocou representantes do Grupo Amil para esclarecimentos”.
Na reunião realizada na tarde do mesmo dia no Rio de Janeiro, a Amil foi questionada pela agência sobre a compra da APS, a capacidade financeira dos sócios para assegurar a sustentabilidade da operadora e o valor envolvido na operação.
“Nossa maior preocupação é com o consumidor. Não pode haver, em hipótese alguma, a interrupção da prestação de assistência aos beneficiários da carteira da APS, principalmente aos que estejam em regime de internação hospitalar ou em tratamento continuado”, disse o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.
Por fim, a ANS reforçou que, até uma nova posição, a APS permanece sendo uma operadora do Grupo Amil e de inteira responsabilidade do Grupo Amil.
A reunião contou com a presença dos diretores Paulo Rebello (presidente e diretor de Normas e Habilitação das Operadoras e de Normas e Habilitação dos Produtos), Bruno Rodrigues (Gestão) e Maurício Nunes (Fiscalização), além de outros servidores da ANS, e dos diretores da Amil José Carlos Magalhães, Renato Casarotti e Edvaldo Vieira.