Conta de luz fica mais barata após 9 meses de altas

Pela primeira vez desde abril do ano passado, a conta de luz residencial fechou o último mês com queda de -0,04% no valor. A crise hídrica foi um dos fatores que mais contribuiu para o encarecimento da conta de luz em 2021.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados ontem, 9,  mostraram que as tarifas de energia elétrica ficaram 1,07% mais baratas no mês de janeiro de 2022, em comparação com variações positivas contabilizadas nos últimos oito meses de 2021.

Apesar desta variação negativa, nos últimos 12 meses, a conta de luz acumulou uma alta de 27,02%, patamar que corresponde a um crescimento em comparação com período finalizado em dezembro, +21,21%.

Estes aumentos aplicados nos últimos meses foram oriundos do uso da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que deixa a conta de luz R$14,20 mais cara a cada 100 kWh consumidos. Esta bandeira é adotada sempre que existe a escassez hídrica.

Esta queda na conta da energia residencial também ajudou para diminuir em 0,91% o grupo de combustíveis e energia, que teve uma redução de preços pela primeira vez desde janeiro de 2021 (-3,79%).

Analisando os combustíveis domésticos (-0,35%), foi detectada uma queda no valor do botijão do gás de cozinha (0,73%) e valorizações no preço do gás e canado (+3,13%) e do carvão vegetal (+0,27%).

Pelo segundo mês seguido, os combustíveis para veículos como a gasolina (-1,14%) e o etanol (-2,84%), ficaram mais baratos e pesaram menos no bolso dos consumidores.

O gás veicular teve uma queda de 0,86% no último mês, ao passo que o diesel (+2,38) foi o único dos combustíveis automotivos a encarecer em janeiro, após recuar 0,33% no mês de dezembro, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

“Os reajustes negativos aplicados nas refinarias pela Petrobras, em dezembro, ajudam a entender o recuo nos preços (dos combustíveis) em janeiro”, disse André Filipe Almeida, o analista da pesquisa.

Número de brasileiros com conta de luz atrasada é recorde

De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), 39,43% das famílias de baixa renda atrasaram o pagamento da conta em pelo menos um mês no último ano.

A parcela destes consumidores que atrasam o pagamento das contas está aumentando desde 2012, ano em que o índice começou a ser medido e ficou em 12,85%.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.